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Lucro imediato, mas danos irreparáveis, avalia ambientalista

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O Projeto de Lei 337/2022 que prevê a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal é avaliado por ambientalistas e entidades como um retrocesso em razão dos impactos ao meio ambiente.

A proposta é de autoria do deputado Juarez Costa (MDB) e foi submetida para análise das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Nacional, Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia e de Constituição e Justiça e Cidadania. O deputado Neri Geller (PP), integrante da bancada ruralista, é o relator. 

O projeto pode ser aprovado apenas pelas comissões, mas caso haja divergências entre os grupos, a proposta passa a ser analisada no plenário.

A Amazônia Legal engloba o Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e, ainda, parte do Maranhão. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a área corresponde a 59% do terrritório brasileiro. Nesta área também reside 56% da população indígena. 

Com Mato Grosso dentro da Amazônia Legal, toda propriedade rural do Estado fica obrigada a manter 80% da floresta nativa.

Na justificativa do autor, pelo Estado abrigar outros biomas, como o Pantanal e o Cerrado, a manutenção da porcentagem exigida é desproporcional.

“O custo econômico para recuperação das reservas legais, ou para compensação dessa imensa área seria muito grande, e injustificável para uma das regiões agrícolas mais importantes do país”, argumenta o projeto.

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Secretário executivo Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), o ambientalista Herman Oliveira avalia que o projeto traz um lucro imediato para o agronegócio, mas as consequências econômicas e socioambientais ao longo prazo são “irreparáveis”.

“A reserva legal não é empecilho para o agronegócio, pelo contrário, ela fornece serviços de ecossistemas à propriedade. Então, por exemplo, esse microclima que há dentro da propriedade é feito diretamente pela reserva legal”, diz.

Na prática, a desobrigação dos produtores em manter a floresta nativa abre espaço para maior uso da propriedade para produção – consequentemente, maior lucro para os empreendimentos.  

 

Impactos socioambientais

Se de uma lado há o lucro imediato com a produção, as consequências da ausência de florestas nesses espaços poderão também ser sentidas no curto e longo prazos.

Para o ambientalista, os primeiros agravamentos podem aparecer com a crise hídrica, já que há muitas nascentes de rios nas reservas.  

“Os prognósticos dos próximos anos são muito ruins. Ou seja, a desregulação do ciclo hidrológico, o aumento de perda de corpos hídricos, a savanização de áreas de florestas, a perda de áreas de Cerrado – que é justamente onde estão as nascentes dos rios. O Cerrado tem uma proteção maior na Amazônia Legal”, diz Oliveira. 

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Com o desmatamento, a crise climática pode se acentuar. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), divulgado neste ano, o desmatamento, que gera perda de biodiversidade, contribui para o aumento da temperatura da Terra.

Conforme o relatório, o futuro é visto com alertas para a Amazônia e o Nordeste brasileiro, que são altamente vulneráveis às mudanças no clima.

Segundo o secretário da Formad, poderá haver impacto também na saúde. “A ciência já está dizendo que o surgimento de novas epidemias ou pandemias tem uma relação direta com áreas intocadas. Então, pode haver surgimento de novos vírus ou ressurgimentos de vírus antigos, de doenças que estavam banidas e que podem voltar ao cenário”. 

Ele diz ainda que a saída da Amazônia Legal também pode comprometer a meta de neutralização do carbono até 2035 estabelecida pelo Governo do Estado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), em Glasglow, na Escócia, no ano passado.

  Há ainda o aspecto econômico. O Estado pode ainda perder acesso aos recursos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que tem um fundo voltado especialmente para entes federados pertencentes à Amazônia Legal.

FONTE/ REPOST: DAVI VITTORAZZI – MÍDIA NEWS 

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Fábio Jr. traz para Cuiabá turnê que celebra seus 50 anos de carreira

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Cuiabá receberá, no próximo sábado (05), o cantor Fábio Jr., com seu projeto “Bem Mais Que os Meus 20 e Poucos Anos”. A apresentação celebra os 50 anos de carreira do artista e marca ainda a estreia oficial do Allure Music Hall, espaço de eventos projetado para se tornar uma referência nacional nesse segmento. O show está marcado para iniciar às 22h, na nova estrutura localizada na Rodovia Helder Cândia, 2044, Ribeirão do Lipa.

Com a turnê que faz uma leitura de sua trajetória repleta de surpresas e sucessos, Fábio Jr. está viajando por todo o Brasil. Na capital de Mato Grosso, o cantor fará apresentação única e promete proporcionar ao público uma experiência impactante e emocionante. Com muita elegância, paixão e romantismo, o projeto “Bem Mais Que os Meus 20 e Poucos Anos” reflete a essência de Fábio, que sempre buscou mostrar que a vida vai além do começo, meio e fim.

A noite especial no Allure Music Hall será embalada por canções eternizadas na memória dos fãs como “Alma Gêmea”, “Só Você”, “Caça e Caçador”, “Felicidade”, “Vida”, “20 e Poucos Anos”, “Senta Aqui”, “Enrosca”, “Esqueça”, “Eu Nunca Estive Tão Apaixonado” e tantos outros hits consagrados. As informações sobre o show e venda de ingressos podem ser conferidas no site www.alluremusichall.com.br.

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“Estou em uma fase legal pra caramba, muito feliz e realizado. A melhor forma de celebrar minha carreira e a vida, é no palco com meus fãs, família e amigos. Eles são a razão de tudo. E pensando neles, preparamos um show muito especial e cheio de surpresas. Com certeza, vamos fazer uma verdadeira viagem e reviver essa história juntos, porque o público também faz parte dela”, promete o cantor.

Allure Music Hall

O Allure Music Hall integra o complexo do Buffet Leila Malouf, com capacidade para receber até 7,5 mil pessoas, e foi projetado para se tornar uma referência nacional em eventos. A nova estrutura, já comparada às dos grandes centros, deverá receber shows, congressos, festas e diversos tipos de eventos, nos formatos auditório, com mesas ou até mesmo em pé, como ocorre em concertos musicais.

O espaço é dividido entre pista, mezanino e nove camarotes para até 30 pessoas, além de um camarote premium com capacidade para 200 pessoas. Para os artistas, há três camarins com acesso restrito, equipamentos de som e iluminação de última geração e um palco que segue padrões internacionais. O complexo conta ainda com mil vagas em estacionamento totalmente pavimentado e outras 200 vagas em espaço VIP, com cobertura e elevadores.

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