MATO GROSSO
Matilha de cachorro-vinagre é flagrada pela primeira vez por câmeras de monitoramento na Transpantaneira
MATO GROSSO
São 15 câmeras trap instaladas em pontos estratégicos da Estrada Parque em Poconé (124 km distante de Cuiabá) que permite que a Sema elabore um mapa de incidência das espécies.
O monitoramento gera relatórios técnicos com objetivo de produzir dados que auxiliam em embasamentos técnicos do setor de Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros e traz imagens curiosas e informações relevantes como as espécies mais registradas e menos avistadas pelas câmeras. O cachorro-do-mato foi a espécie com maior número de registros, sendo 2.997 no período de um ano.
O projeto, de iniciativa da Coordenadoria da Fauna e Recursos Pesqueiros, teve início em março de 2022 e coleta informações sobre a diversidade, frequência, padrão de atividades diárias e sazonais nos pontos escolhidos no entorno da Estrada Parque Transpantaneira são de extrema relevância para a conservação da fauna local.
O uso de câmeras trap permite verificar os padrões comportamentais e ecológicos dos animais que vivem em ambiente natural e os resultados são melhor compreendidos através de registros padronizados realizados em longo prazo. Os relatórios técnicos trazem também um levantamento e monitoramento da fauna silvestre atropelada, além do acompanhamento da presença de água.
A analista de meio ambiente, bióloga Neusa Arenhart, destaca que a ação além de monitorar a condição dos animais avistados pelas câmeras instaladas, é possível registrar os hábitos das espécies do Pantanal, emitir documentos técnicos e verificar a presença e a incidência de espécies ameaçadas de extinção. “As imagens mostram momentos únicos que revelam os hábitos dos animais, as interações, alimentação. Os registros podem ser utilizados para a educação ambiental, já que divulgar a existências dessas espécies é uma ferramenta para a preservação”.
MONITORAMENTO MAIO E JUNHO

Os últimos relatórios foram produzidos no período de 13 a 17 de maio e de 10 a 14 de junho e traz informações sobre os animais registrados no período. Foram capturadas imagens de onça-pintada, tamanduá-bandeira, cervo-do-pantanal, tatu-canastra, lobo-guará, mutum-de-penacho, onça-parda, cervo-do-pantanal, veado-catingueiro, garça-real, serpente não peçonhenta, garça-azul e gavião-preto, tuiuiú, o pássaro freirinha e um grupo de anhumas se alimentando em um campo encharcado junto a vários jacarés.
Entre as imagens que chamam atenção está um Urutau, ave carnívora de hábitos noturnos com papel ecológico importante para o controle de populações de insetos, pousado sobre um poste à beira de uma ponte utilizando da camuflagem para se esconder ou enganar os predadores permanecendo mais de 12 horas imóveis no mesmo lugar.
Outro destaque observado no documento técnico está a arara-azul-grande que há 30 anos é monitorada pelo Instituto Arara Azul que busca promover a conservação da espécie e da biodiversidade no Pantanal.
MONITORAMENTO FAUNA SILVESTRE ATROPELADA
Na campanha do projeto de Levantamento e Monitoramento da Fauna Silvestre Atropelada na Estrada Parque Transpantaneira foi constatado no mês de maio 15 carcaças de animas, com predominância de répteis, oito no total, além de três mamíferos e quatro aves. Também foram registrados uma serpente verde e um gavião carcará fora do período do monitoramento, porém foram inseridos no banco de dados como adicionais para auxiliar nas avaliações gerais do projeto.
Nos registros de junho do monitoramento da fauna silvestre atropelada foram registradas 22 carcaças de animais silvestres, sendo que em apenas um dia foram encontradas 16 carcaças, sendo 8 répteis, 4 mamíferos e 4 aves. Entre estes 22 animais foram identificados quatro filhotes de jacarés sendo que dois deles estavam acompanhados com a mãe que também foi morta, Gavião-carcará, anuro, cachorro-do-mato, serpente caninana, teiú-matipu.
PRESENÇA DE ÁGUA
O relatório também constatou a presença de água em vários locais ao longo da Transpantaneira, como a região da Torda, rio Pixaim, rio Cassange, Largo do Jofre e ao longo do entorno da Estrada Parque Transpantaneira. Também foi constatado presença de água no canal Cassange que é de grande importância para manutenção das águas para uma considerada área da região central do Pantanal Norte e vem sendo monitorado.
Veja os vídeos aqui:
Vídeo 1 https://www.youtube.com/watch?v=AOrSXyPxTgs
Vídeo 2 https://www.youtube.com/watch?v=XcLNylIdWmc
Vídeo 3 https://www.youtube.com/watch?v=23-T3qvwiro
Vídeo 4 https://www.youtube.com/watch?v=AeLMvE6exxY
Vídeo 5 https://www.youtube.com/watch?v=yooA1KMJ1v8
Vídeo 6 https://www.youtube.com/watch?v=ckjvAgeH4VU
Vídeo 7 https://www.youtube.com/watch?v=aRcciZZZl_o
Vídeo 8 https://www.youtube.com/watch?v=pUFVaefToss
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
-
MATO GROSSO4 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO3 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
GERAL4 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
MATO GROSSO12 horas atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS12 horas atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
ARTIGOS12 horas atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama