MATO GROSSO
Mato Grosso encerra vacinação contra febre aftosa após 30 anos de imunização
MATO GROSSO
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Ministério da Agricultura e o setor produtivo celebraram em ato simbólico, nesta quinta-feira (15.12), na Agropecuária Jerusalém, em Água Boa (735 km de Cuiabá), a última vacinação contra a febre aftosa no Estado, após 30 anos de imunização em etapas anuais. A última campanha encerra oficialmente no dia 17 de dezembro e a comunicação ao Indea deve ser realizada até o dia 26 de dezembro.
A doença, que trouxe impacto financeiro na pecuária brasileira, passou a ser erradicada por etapas até que em Mato Grosso se tornou livre da doença em 1996 e o vírus rondou o estado até 2007. A vacinação do rebanho iniciou-se a partir de 1992, o que foi determinante para o combate à doença.
Para ganhar um novo status sanitário de ser livre de febre aftosa sem vacinação, o Indea teve que cumprir uma série de requisitos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por meio de investimentos do Governo de Mato Grosso e por meio dos fundos mantidos pelo setor produtivo, o Indea conseguiu atender as demandas.
A presidente do Indea, Emanuele Almeida, celebrou a conquista do Estado e uma virada de página, que além dos benefícios sanitários, vai representar um novo momento para a pecuária de Mato Grosso e um estreitamento das relações dos produtores rurais com o Indea.
“Vamos passar para a fase de vigilância, onde o produtor terá que observar os animais e em qualquer suspeita, deve comunicar o Indea. Isso não será apenas para casos suspeitos de febre aftosa, mas qualquer incidência de saúde animal. O fim da vacinação também representa custos menores aos produtores que não vão mais gastar com vacinas e a possibilidade de acessar novos mercados com a valorização do nosso produto”, comentou.
A diretora técnica da Superintendência do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Alzira Catunda, foi um dos nomes icônicos no combate à febre aftosa em Mato Grosso. Para ela que esteve envolvida desde o início do programa de vacinação no Estado, esse novo status para Mato Grosso é um avanço para a pecuária.
“Mato Grosso, graças a Deus, atendeu as exigências e o Mapa chegou a conclusão de que pode parar de vacinar. O ministério se posiciona muito satisfeito porque a gente trabalha também para o desenvolvimento comercial do pecuarista. Vai aumentar o trabalho do Mapa e o Indea está muito bem estruturado”, avaliou.
Parceria com setor privado
Somente neste ano foram destinados quase R$ 4 milhões para o combate a doenças de saúde animal em bovinos e ovinos de Mato Grosso, conforme informou o presidente do Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (FESA), Antônio Carlos Carvalho de Sousa.
“O programa de erradicação da febre aftosa só teve essa evolução devido à parceria dos produtores rurais e o Indea. Hoje comemoramos e registramos a última vacinação graças a esse empenho. Deixamos de utilizar a ferramenta da vacina e passando para a vigilância. Agora, nós produtores temos que ficar mais atentos daquilo que ocorre dentro da nossa propriedade e manter essa conquista histórica”, informou Antonio.
O FESA arrecada recursos dos produtores rurais e dos frigoríficos para financiamento, por meio de execução dos trabalhos do Indea, e aporta os recursos para ações de emergenciais para a saúde animal, evitando a burocracia do setor público.
O diretor técnico da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, lembrou que no passado, o estado tinha milhares de focos de febre aftosa, com mais de 50 mil focos por ano. O quadro mudou após a ação conjunta da indústria, Ministério da Agricultura, Indea e dos produtores que trabalharam ativamente vacinando seus animais.
“O produtor fez a parte dele vacinando mais de 99% dos animais. A gente espera que os casos de febre aftosa realmente fiquem só como uma imagem do passado. Ela é uma doença de preocupação mundial. O Brasil hoje exporta carne bovina para 155 países e a gente espera exportar ainda mais”.
Também participaram do evento o prefeito de Água Boa, Mariano Kolankiewicz Filho, o presidente do Sindicato Rural de Água Boa, Geraldo Antonio Delai, o representante da Famato, Marcos de Carvalho, o representante do Sindicato das Indústrias de Frigorífico (Sindifrigo), Jovelino Borges, o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT), Aruaque Lotufo, além de servidores do Indea e produtores rurais da região.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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