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Mato Grosso registra maior número de mortes por dengue desde 2010, com 39 óbitos confirmados

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Em 2024, Mato Grosso atingiu o maior índice de mortes por dengue dos últimos 14 anos, com 39 óbitos registrados até o momento, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). O número representa um aumento de 116% nas mortes pela doença nos últimos cinco anos. Além disso, foram contabilizados 43.523 casos prováveis em 2024, em comparação com 28.612 em 2023.

Dados do Ministério da Saúde mostram que os anos com maior número de mortes por dengue em Mato Grosso, nas últimas duas décadas, foram 2009, com 56 óbitos, e 2010, com 52 mortes. Após uma redução em 2011, os casos voltaram a crescer em 2012 e 2013, período em que surgiram os primeiros registros da dengue tipo 4 na região. Essa nova variante do vírus agravou a situação, especialmente em sistemas imunológicos já debilitados, causando reações severas e, em muitos casos, fatais.

Em 2012, foram registradas 14 mortes por dengue no estado, e 27 no ano seguinte. Até 2019, a média anual caiu para cinco óbitos, mas o cenário mudou em 2020, quando foram confirmadas 18 mortes. O número oscilou nos anos seguintes, com 13 óbitos em 2021, 21 em 2022, e 23 no ano passado. Em 2024, o município de Pontes e Lacerda lidera os registros, com oito mortes confirmadas.

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Jussara Iurk, gerente de Animais Sinantrópicos do Centro de Zoonoses de Cuiabá, aponta que a negligência da população no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti é uma das principais razões para o aumento expressivo de casos e óbitos.

Jussara também destaca que a dengue está deixando de ser uma doença sazonal, anteriormente associada ao período chuvoso devido ao acúmulo de água. “O ovo do mosquito consegue ficar 400 dias no seco e, quando entra em contato com a água acumulada, ele eclode. Caso a mãe do filhote esteja infectada com o vírus, ele já nasce infectado e transmissor das arboviroses”, explica.

Segundo a especialista, o aumento de criadouros do mosquito, aliado à falta de cuidado da população, agrava o problema. “Antes tinha pouca circulação do mosquito, mas agora está disseminado, com o número de criadouros aumentando e as pessoas não estão cuidando. Tudo favorece esse mosquito e, infelizmente, por mais que a gente fale, sempre olhamos para a casa do vizinho e esquecemos de olhar a própria casa. A população não é educada o suficiente para evitar, porque é uma doença totalmente prevenível, mas infelizmente as pessoas não têm esse hábito ainda.”

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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