MATO GROSSO
Mauro diz a vereadores e deputados federais que situação da Saúde em Cuiabá é dramática; intervenção ativou UTIs
MATO GROSSO
O governador Mauro Mendes se reuniu, ontem à tarde, com vereadores de Cuiabá e deputados federais da Comissão da Intervenção na Saúde, e detalhou os trabalhos já realizados pelo grupo de intervenção na secretaria municipal de Saúde, desde o último dia 14. Foram reabertos 10 leitos da UTI pediátrica do Hospital Municipal de Cuiabá e 6 no Pronto-Socorro; 10 UTIs para adultos no Pronto Socorro; compra de R$ 5,6 milhões em remédios pata atender a rede básica e de R$ 4,2 milhões em materiais hospitalares e insumos, abrangendo 207 itens.
A equipe de intervenção elaborou plano de ação nos 90 dias de atuação, determinados pelo Tribunal de Justiça, para restabelecer o funcionamento das unidades, ampliar os atendimentos e realizar cirurgias; retomada dos exames de raio-x; e contratação de 55 médicos.
“O que nos interessa é fazer a Saúde funcionar. Tem médico chegando e os medicamentos já chegaram. Estamos cortando os excessos, não permitindo desvios e fazendo a gestão correta do dinheiro do cidadão”, relatou.
Mauro Mendes citou que a situação deixada pela prefeitura de Cuiabá na Saúde é “dramática”, mas é possível reverter com foco, trabalho sério e fé em Deus. “Temos clareza do que fazer e de como fazer para reorganizar a Saúde nos próximos meses. Vamos aplicar à risca esse plano de ação que foi elaborado com muita seriedade pelos nossos técnicos. Tenho me dedicado diariamente a esse assunto, que é de extrema importância, pois não podemos ver gente morrendo e cruzar os braços”, pontuou.
A vereadora Michelly Alencar avaliou que, em menos de um mês, o grupo de intervenção coordenado pelo governo de Mato Grosso já tem dado resultados positivos à população. “Nós temos defendido diariamente essa intervenção, porque da forma como estava não dava para ficar. A Saúde em Cuiabá se transformou em um verdadeiro caos, com falta de remédios, médicos, salários sem pagar, e a nossa população morrendo por falta de atendimento. Queremos contribuir e acompanhar de perto todo esse trabalho feito pelo Governo do Estado para colocar a Saúde de Cuiabá nos trilhos, que é o anseio dos cuiabanos”, declarou, através da assessoria.
Os deputados federais Fábio Garcia, coronel Fernanda, coronel Assis e Abílio Brunini e os vereadores Luis Fernando, Eduardo Magalhães, Maysa Leão, Sargento Joelson, Dilemário Alencar, Felipe Corrêa e Demilson Nogueira estiveram na reunião com o governador.
Só Notícias (foto: assessoria)


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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