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Mendes vê “presepada” do Congresso com mudança no ICMS

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O governador Mauro Mendes (União Brasil) classificou como “presepada” a aprovação do Congresso Nacional ao projeto que fixa uma alíquota única do ICMS sobre os combustíveis em todos os estados. A medida pode levar a perda de arrecadação dos entes federados.

A matéria foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve ser alvo de ações judiciais por parte dos estados.

Em entrevista à Rádio Capital FM, Mendes não confirmou se Mato Grosso irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei, mas disse que ela é “inconstitucional”.

“Agora armaram essa presepada lá. Quem está acompanhando isso são os secretários de Fazenda de todos os estados, e aqui é o Rogério Gallo. Vamos ver o que será feito em função disso, porque me parece que é inconstitucional”, afirmou.

Os pareceres que eu vi dizem que a medida do Congresso é inconstitucional”.

“Os pareceres que eu vi dizem que a medida do Congresso é inconstitucional. Se é, não sei qual vai ser a decisão no final do dia sobre o assunto”, completou.

O governador voltou a apontar a culpa da Petrobras no aumento frequente dos preços dos combustíveis e, apesar de evitar críticas ao Governo Bolsonaro, citou o congelamento do imposto pelos governadores como forma de provar que a culpa não recaía sobre os Estados, como o presidente declarou por inúmeras vezes.

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“Procuro respeitar o presidente Jair Bolsonaro, e se eu discordo de algo não saio na imprensa criticando. Agora, não era correto o que ele falava, culpando o ICMS, e foi comprovado que não. Porque nós congelamos [o imposto] e o preço continuou subindo, subindo e subindo”, disse.

Os governadores congelaram o ICMS em novembro do ano passado, como resposta às críticas feitas pelo presidente. Mendes ressaltou que, mesmo assim, de lá para cá, o preço da gasolina nas bombas subiu 15%.

“A culpa é de quem? Da Petrobras. Agora, com o ICMS congelado, a Petrobras aumentou o diesel em 25% e a gasolina em 19%. E a Petrobras teve no ano passado o maior lucro da sua história”.

“No meu ponto de vista, a Petrobras tinha que dar uma contribuição e reduzir parte do seu lucro para aliviar um pouco o bolso do cidadão”.

“Agora eu pergunto: o petróleo da Petrobras é todo importado? Ela compra tudo do Oriente Médio? Não. Grande parte do petróleo é produzido no Brasil. É claro que dá para abaixar [o preço]. Podia ter um lucro um pouco menor”, criticou.

Mendes salientou que, se fosse presidente, buscaria cortar parte do lucro da estatal, já que ela tem a União como acionista controlador – detendo 40% das ações.

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“Quem escolhe o presidente da Petrobras é o presidente da República. É ele quem nomeia os diretores. No meu ponto de vista, a Petrobras tinha que dar uma contribuição e reduzir parte do seu lucro para aliviar um pouco o bolso do cidadão, as costas dos brasileiros e mato-grossenses”, disse.

 

Queda de braço

Há meses o presidente Jair Bolsonaro trava uma queda de braço com os governadores em torno da culpa pelo aumento dos reajustes.

A alta nos combustíveis é uma das principais preocupações do Palácio do Planalto e da campanha de Bolsonaro, que deve buscar a reeleição neste ano.

Agora, com o texto sancionado pelo presidente, os estados deverão regulamentar a criação de uma alíquota única de ICMS sobre os combustíveis no âmbito do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

Além disso, a lei prevê a mudança no modelo da alíquota, de um porcentual sobre o valor  para um valor fixo sobre o litro. A alíquota única deverá ser aplicada sobre gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha.

FONTE/ REPOST: LISLAINE DOS ANJOS – MÍDIA NEWS 

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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