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​Menino de 3 anos morre de pneumonia por falta de UTI na 4ª maior cidade de Mato Grosso

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O menino Bernardo Viana Goulart, de 3 anos, morreu no último domingo (9), vítima de uma pneumonia. Apesar do caso grave, Sinop (500 km ao norte de Cuiabá e 4ª maior cidade do Estado), não possui leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em funcionamento e quando a transferência foi feita para o Hospital Regional de Sorriso (420 km ao norte) já era tarde demais e ele acabou falecendo.

Antes de ser internado, a mãe do menino procurou por três vezes atendimento entre os dias 1º e 4 de julho na Policlínica Menino Jesus e em duas delas Bernardo foi medicado e enviado para casa.

Na terceira vez, o caso já era grave e ele foi internado, sendo transferido para Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Foram dois dias internados nesse hospital até que surgisse uma vaga de UTI no Hospital de Sorisso para onde ele foi transferido em 6 de julho.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o menino deu entrada no Hospital Regional em estado grave, com desconforto respiratório e precisando de oxigênio. No domingo ele apresentou piora, teve um derrame e acabou não resistindo.

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Esse não é o primeiro caso de criança que morre por falta de UTI pediátrica em Sinop. Em março deste ano, duas crianças faleceram à espera de uma vaga. Em junho, uma menina de 3 anos, também com pneumonia, morreu por causa da demora em conseguir uma vaga em UTI pediátrica.

Em março deste ano o Governo do Estado anunciou a abertura de 10 leitos de UTI pediátrica no Hospital Regional de Sinop, em um prazo de 30 dias. Quase quatro meses depois ainda não há previsão de quando os novos leitos vão ser abertos. A SES afirma que a empresa não cumpriu os prazos contratuais e foi necessário romper o contrato. Já a empresa informou que irá recorrer da decisão junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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