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Ministério Público notifica Governo para que comece obras apenas depois do Festival de Inverno e suspenda “Pare e Siga”

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O Ministério Público de MT enviou uma notificação recomendatória ao Governo do Estado para que só inicie as obras de retaludamento no trecho do Portão do Inferno, na MT-251, após o Festival de Inverno, principal fonte de renda anual para os moradores de Chapada dos Guimarães (a 67km de Cuiabá). O festival ocorre entre os dias 19 de julho e 4 de agosto.

Na recomendação, assinada pelo promotor Leandro Volochko nesta quinta-feira (18), são dadas 24 horas para que a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) envie informações sobre o cumprimento ou não da recomendação.

No documento, o promotor considera, além do fato de que o Festival de Inverno é fonte de renda para a população, que vive principalmente do turismo, outros pontos, como o fato de que a via precisará ser bloqueada, prejudicando o acesso de visitantes a Chapada.

O promotor também pede que o sistema de “Pare e Siga” no Portão do Inferno seja encerrado durante o festival, tendo em vista que as obras emergenciais iniciadas em dezembro de 2023 já foram concluídas e não haveria mais necessidade, segundo ele.

“Considerando a elevada sensibilidade desse caso para a população do município de Chapada do Guimarães e demais envolvidos, que acumulam preocupações devido aos problemas citados, sendo primordial um gerenciamento composto pela empresa contratada e Governo do Estado visando efetuar o planejamento de longo e curto prazo da obra de retaludamento”, escreve o promotor.

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Outro ponto que pede atenção à Sinfra é em relação àquelas pessoas que fazem tratamento de saúde em Cuiabá, assim como outros casos, como pessoas que estudam e trabalham na capital e precisam passar pelo trecho que vai entrar em obras. O promotor pede que seja apresentado um “plano B” para esses casos.

“Considerando a primazia do direito fundamental à locomoção, saúde e educação, previstos nos artigos 5º, inciso XV, 196 e 205 da Constituição Federal, que garantem a liberdade individual e o desenvolvimento econômico e social; acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção da saúde; o desenvolvimento individual e coletivo e, notadamente, o direito ao desenvolvimento urbano, que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, previsto no art. 182 do mesmo diploma.”

Veja os pontos da recomendação:

a) o não fechamento/bloqueio da Rodovia MT-251 para início das obras de retaludamento durante a realização do 37° Festival de Inverno em Chapada dos Guimarães, que vai ter início dia 19 de julho de 2024 e segue até 4 de agosto de 2024;

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b) a retirada do sistema “pare e siga” retomando o tráfego normal na rodovia, adotando medidas de gestão de risco, com o monitoramento contínuo, sinalização adequada e vistorias periódicas OU, subsidiariamente, retirar o sistema “pare e siga” durante a realização do 37° Festival de Inverno em Chapada dos Guimarães;

c) a liberação da capacidade de carga do viaduto para o tipo Classe III, segundo às normas da NB 06:1960, para 12 toneladas, incluindo ônibus e caminhões OU, subsidiariamente, aumentar a capacidade de carga do viaduto, conforme os estudos realizados, para tonelagem maior da permitida atualmente, para incluir ônibus e caminhões;

d) antes do início das obras de retaludamento, a apresentação de um plano de mobilidade para os cidadãos da comarca de Chapada dos Guimarães, considerando pacientes em tratamento de saúde e emergências, estudantes que fazem o percurso todos os dias, abastecimento de mercadorias, turismo, dentre outras atividades essenciais à garantia de direitos básicos e fundamentais consagrados pela Constituição Federal;

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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