MATO GROSSO
Motorista acusado de tentativa de estupro em Cuiabá é banido da 99Pop
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Em nota, a empresa afirmou que assim que tomou conhecimento da situação, baniu o motorista e mobilizou uma equipe para tentar contato com a vítima para acolhimento e suporte necessários. A 99 também se mostrou disponível para colaborar com as investigações, caso necessário.
“Temos uma política de tolerância zero em relação a qualquer forma de assédio ou violência sexual. A empresa dedica seus esforços na prevenção, proteção e acolhimento de todos os usuários da plataforma, principalmente para as mulheres. Entre as medidas, está o kit de segurança, disponível no escudo azul diretamente no app, que oferece a opção de compartilhar a rota com contatos de confiança, gravação de áudio e botão para ligar direto para a polícia”, diz trecho da nota.
Além disso, informou que passageiras e motoristas que tenham sofrido esse tipo de violência devem reportar imediatamente para a empresa, por meio de seu app, ou no telefone 0800-888-8999 para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
“Trabalhamos 24 horas por dia, 7 dias por semana, para cuidar exclusivamente da proteção dos usuários, sejam elas motoristas ou passageiras e oferecer atendimento humanizado e acolhimento. Em caso de assédio a uma mulher, o atendimento é exclusivamente feminino”, finalizou.
O relato da vítima repercutiu nas redes sociais e outras mulheres que já foram passageiras do homem relataram comportamentos estranhos e até assédio.
O episódio foi registrado por volta de 2h da madrugada, quando ela voltava da casa de uma amiga no bairro Jardim Industriário, com mais uma colega. Segundo a empreendedora, o bairro é conhecido por ser perigoso, os motoristas de aplicativo não vão até o local.
“A gente subiu até a avenida para pegar o carro. Tem um prostibulo na avenida e era o local mais movimentado às 2h da manhã. Só que não ficamos neste local, fomos para o outro lado da rua”, explica.
Ela e a amiga então entraram no carro às 2h13 e o motorista seguiu sentido ao posto de combustíveis São Matheus. A empreendedora então pediu para ele seguir a rota mais rápida, que seria pela avenida das Torres, mas teve o pedido ignorado.
“Ele falou que não podia mudar a rota e eu pedi para ele nos deixar no posto São Matheus, lugar movimentando onde podíamos pegar outro carro”, pontua. “Mas ele não queria nos deixar no posto, ele queria deixar em qualquer outro lugar, menos lá”.
O condutor teria parado o carro antes do posto e pedido para que as amigas saíssem do veículo. Como estava muito longe do posto, elas se recusaram a sair do carro. “Ele falou que como não queríamos parar ali, não iriamos parar em nenhum lugar e acelerou o carro reto. Quando passou do posto, ele parou o carro em um local escuro e falou que era para descermos”, afirma.
A amiga desceu do veículo e a empreendedora também estava saindo, quando percebeu que tinha esquecido a bolsa no carro. O motorista teria acelerado e ela pulou no carro para pegar a bolsa. “Ele saiu comigo dentro do carro de novo. Foi aí que minha amiga gravou o vídeo que postei nos stories”.
“A todo momento ele falava para eu me jogar e acelerando o carro. O que custava ele ter parado o carro? Eu só queria pegar minha bolsa e descer”.
Ainda conforme relato da empreendedora, o motorista teria seguido para um local ermo, onde desligou o carro. No local, disse que só buscaria a amiga dela se ela aceitasse a fazer sexo com ele.
“Eu só falei ‘pelo amor de Deus, não me estupra’. Foi aí que ele ficou mais alterado, eu achei que ele ia me matar, ele pulou para o banco de trás e tirou uma camisinha do bolso. Quando vi isso, pensei que ele tinha o costume de fazer isso”, relata.
A jovem afirma que foi obrigada a masturbar o motorista e depois de cerca de cinco minutos, a amiga que desceu do carro chegou acompanhada da colega e do marido, da casa onde estavam antes de irem embora.
“Eu não fui a primeira e acho que não vou ser a última. Eu quero que ele saia do aplicativo e que seja punido. Essa é minha intenção”, assevera.
A empreendedora foi até a Delegacia da Mulher, mas como o sistema de registro de boletim estava fora do ar, não conseguiu denunciar o caso formalmente à Polícia Civil.
Versão do acusado
Em um vídeo publicado nas redes sociais o motorista alegou que o aplicativo direcionou a corrida para a avenida Fernando Corrêa e que mesmo após pedido da passageira para seguir o caminho mais rápido, ele se recusou.
Diante disso, conforme versão do acusado, a passageira teria dito que não queria seguir viagem e ele afirmou que encerraria a corrida e deixaria ambas no local.
“Fui levando pra perto do posto onde ela queria ficar. Ela pegaria outra corrida e eu ia embora, quando estávamos chegando perto, quando encostei e parei, a amiga dela saiu correndo, abriu a porta e já saiu. Eu achei estranho e falei que ia fechar a porta. Ela falou que não precisava, que não tinha dinheiro e não iria pagar”.
“Como assim não vai pagar? Eu sou trabalhador, preciso do dinheiro. O dinheiro é para pagar o carro, minhas dívidas, as contas que eu tenho, cartão”, acrescenta.
O homem afirma que a mulher iria fugir sem pagar e por este motivo, resolveu acelerar. “Quando acelerei, ela voltou e disse ‘minha bolsa’, e entrou no carro. E eu falei ‘me paga’. Ela disse ‘não tenho dinheiro’. Eu falei ‘me paga, me paga’”.
“Ela disse ‘para, moço’. E eu falei ‘eu não vou parar enquanto você não me pagar’. Eu já estava com raiva, injuriado, trabalhando até 2h da manhã para ficar nessa situação”, diz.
O motorista diz também que falou para ela pular do carro, caso quisesse sair. “Ela não queria me pagar e começou a se oferecer pra mim”, afirma. Ainda conforme ele, a jovem teria começado a acariciá-lo.
Por fim, ele diz que puxou a jovem de dentro do carro para que ela saísse.
O homem diz que não pode voltar para casa e que está sendo ameaçado de morte. No vídeo ele chora, afirma é cristão e que já foi missionário. Diz também que teve a vida destruída, que já procurou um advogado e que está disponível para esclarecimentos da polícia.
FONTE/ REPOST: FABIANA MENDES – OLHAR DIRETO


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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