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‘Nos moldes que estavam postos, eu não estava a favor’, diz Gisela sobre PL da anistia

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Gisela Simona (União) afirmou que seria contra o Projeto de Lei que prevê anistia aos acusados e condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, pelo menos nos moldes em que estava. A parlamentar, porém, disse que também é contra as penas que têm sido aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos réus, “cada um tem que ser punido na medida da sua culpabilidade”.

 

 

Com os recentes acontecimentos em Brasília, desde o atentado a bomba e a operação que revelou o plano de assassinato do presidente Lula, opositores se mostraram preocupados com o andamento do PL da anistia. Ao avaliar o caso, a deputada federal Gisela Simona avaliou que o projeto encaminhava para ser aprovado.

 

“A pressão, principalmente dentro da CCJ, que é onde estava o projeto, era muito forte e se tinha uma expectativa muito grande de passar, sim, a anistia dentro da Comissão de Constituição e Justiça. Só que em razão, talvez, até dessa possibilidade ser real, isso foi retirado de lá. Um ato, inclusive, que foi muito criticado pela casa porque o presidente Arthur Lira nomeou uma comissão especial, mesmo antes da votação na CCJ, colocando pessoas que são de confiança do Arthur Lira para poder estar gerindo este tema dentro da Câmara”, disse.

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Ela disse que após a criação dessa comissão especial não é possível avaliar se o PL tem chances ou não se ser aprovado, justamente pelos episódios recentes em Brasília. A deputada ainda afirmou que, pessoalmente, seria contra o PL, pois defende que cada um tem que ser punido conforme as práticas que cometeu.

 

“Nos moldes que estavam postos, eu não estava a favor. Eu penso o seguinte: (…) até por ser advogada, na verdade, o que nós estudamos a vida toda? Que cada um tem que ser punido na medida da sua culpabilidade, e isso não está acontecendo no nosso país quando a gente verifica que independente do fato que a pessoa praticou, da conduta que ela teve, estamos vendo essas penas de 16, 17 anos. O que é razoável, o que está dentro hoje do código penal brasileiro é que essa punibilidade seja nos termos daquilo que cada um praticou”.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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