MATO GROSSO
Obras integram o Médio-Norte com Oeste mato-grossense e moradores comemoram “as coisas melhoraram bastante”
MATO GROSSO
“Olha, a gente já sofreu muito ao longo desses tempos, mas de um ano para cá as coisas melhoraram bastante”. Pedro Pereira da Rocha, de 59 anos, trabalha com a fabricação de doces e mora no assentamento Antônio Conselheiro, em Tangará da Serra. Ele lembra que, para percorrer os 20 km que separam o assentamento do centro da cidade, muitas vezes demorava mais de duas horas.
A realidade tem se transformado graças a ação do Governo do Estado, que está asfaltando a rodovia MT-339, que liga o assentamento até a cidade. Em parceria com a Associação dos Produtores das Rodovias MT-480/339 estão sendo asfaltados 121,9 km da MT-339, entre Tangará da Serra e Panorama, ligando o médio-norte com a região Oeste.
O Governo do Estado vai repassar R$ 121,5 milhões, enquanto a Associação tem uma contrapartida de R$ 6,3 milhões. A previsão é que a obra seja finalizada no ano que vem.
“Agora eu levo 40 minutos para chegar, isso porque ainda não está concluído 100%. Quando estiver pronto vai ser a benção de deus, uma maravilha na vida nossa”, conclui Pedro da Rocha.
O secretário de Infraestrutura e Logística (Marcelo de Oliveira), lembra que o Governo está asfaltando três rodovias que interligam o Médio-Norte com o Oeste, promovendo a integração regional. “Temos a MT-343, a MT-240 e a MT-339. Toda essa região de Campo Novo dos Parecis, Sapezal, vai ser ligada à região de Mirassol D’Oeste, Cáceres e Pontes e Lacerda”, explicou.
A MT-240 é uma rodovia que liga os municípios de Tangará da Serra e Santo Afonso. Com 36,4 km de extensão, a estrada receberá um investimento de R$ 18,5 milhões. As obras já estão em andamento, com a execução de diversos serviços, realizando um antigo sonho de toda a população da região do Alto Paraguai.
Quem acompanhou essa história de perto foi Fátima de Souza, que trabalha no Bar do Bigode, localizado no entroncamento da MT-358 com a MT-240, no acesso para Santo Afonso. Sua família mora na região desde 1978 e desde os anos 80 escutam promessas de que o asfalto vai chegar. Fátima lembra que sua mãe chegou a servir refeições para engenheiros que iam no local, mas que ela faleceu sem ver as obras começarem.
“Quando nos mudamos para cá, a serra era só uma pista, tinha o posto fiscal e uma bandeirinha. Fazia aquela fila de carro e enquanto a bandeira não chegava lá embaixo, não descia outro carro. Se chovia, demorava de dois a três dias para descer a serra”, lembra.
A chegada do asfalto, portanto, encerra um espera que supera 40 anos. “As pessoas iam para Barra do Bugres de cavalo, fazer compras. Estamos felizes com a iniciativa do governador Mauro Mendes, porque esse era o nosso sonho”, conclui.
Por fim, a MT-343 também é esperada há muito tempo. Além de ligar Cáceres e Barra do Bugres, a rodovia leva o asfalto até o município de Porto Estrela. Prometida há muitos anos, a atual gestão precisou licitar novamente trechos que não foram executados em anos anteriores.
Na última semana, o governador Mauro Mendes inaugurou 104,16 km da rodovia, em um investimento de R$ 73,9 milhões. Restam ainda 37,8 km a serem entregues, em um trecho de 7 km entre Cáceres e a Vila Aparecida e outros 30,88 entre Porto Estrela e Barra do Bugres, trecho que envolve a recuperação de trechos executados anteriormente. Os dois trechos estão em obras e serão entregues neste ano.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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