MATO GROSSO
Operação desarticula roubos e furtos de motocicletas; empresa de VG é alvo
MATO GROSSO
Operação Avalanche deflagrada na manhã desta quinta-feira (16.02) desarticulou uma organização criminosa envolvida com prática de roubos e furtos de veículos, especialmente motocicletas. Um dos alvos foi a empresa Xtreme Motos, situada à avenida Alzira Santana, que inclusive um dos sócios, segundo a Polícia Civil, foi conduzido coercivamente.
Conforme o delegado Gustavo Garcia, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), foram apreendidos diversos veículos adulterados com ocorrências de roubos.
Garcia disse que além de desarticular a organização criminosa, a operação vai fazer uma investigação financeira para reprimir lavagem de dinheiro e descapitalizar o poder econômico dos criminosos.
O delegado explicou que tem mais pessoas sendo investigadas — e serão analisados documentos, computadores e celulares apreendidos.
As investigações conforme o delegado, iniciaram em 2020, quando houve uma prisão e diversos veículos foram apreendidos com adulteração e registros de roubos e furtos.
Segundo Garcia, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão. As investigações iniciaram em outubro de 2020, após uma ação que resultou em quatro pessoas presas em flagrante e na apreensão de cinco veículos.
Participam da operação 120 policiais civis com participação das equipes da DERFVA, Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegacia de Estelionato, Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Gerência Estadual de Polinter (Gepol), Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), 1.ª, 2.ª e 3.ª Delegacias de Várzea Grande, Derf Várzea Grande, Delegacia de Poconé e Delegacia de Rosário Oeste.
FONTE/ REPOST – Kleyton Agostinho & Edina Araújo – VG Notícias


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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