MATO GROSSO
Operação prende 120 pessoas por crimes de exploração sexual em Mato Grosso
MATO GROSSO
A Operação Integrada Parador 27, que mobilizou 1.062 agentes das forças de segurança de Mato Grosso visando o combate aos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes, resultou na prisão de 120 pessoas. A operação teve início no último dia 2 de maio e encerrou nesta quarta-feira (18.05).
A ação foi deflagrada nacionalmente pela Polícia Rodoviária Federal, com foco na malha rodoviária federal e estadual. Em Mato Grosso, foi reforçada com grande aparato da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros e Conselhos Tutelares, e estendida a 63 municípios.
A atuação dos órgãos de segurança ocorreu, principalmente, nos pontos às margens das rodovias apontadas pelo painel de monitoramento da PRF e por levantamentos locais como possíveis espaços de exploração sexual.
De acordo com o relatório da operação, seis menores vítimas de violência sexual foram resgatadas, sendo quatro no município de Apiacás (984 km de Cuiabá) e duas em Nova Bandeirantes (997 km da Capital). Ao todo, 6.757 pessoas foram abordadas, 68 denúncias apuradas e 608 locais foram fiscalizados.
A operação contou com a realização de 282 blitz, nas quais 131 pessoas acabaram sendo conduzidas a delegacias por suspeita de outros crimes, e seis adolescentes apreendidos. Ainda, na apreensão de 29 armas de fogo, seis armas brancas, 527 munições e dezenas de porções de entorpecentes.
O secretário-adjunto de Integração Operacional, coronel PM Juliano Chiroli, avaliou como positivo o saldo da operação, destacando que as forças de segurança estão empenhadas no combate à exploração sexual e todas as formas de violência conta as crianças e os adolescentes.
“Foi uma importante integração em âmbito estadual que demonstrou preocupação e interação das nossas forças de segurança”, assinalou.
A Operação Parador 27 foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e ocorreu nos 26 estados e no Distrito Federal.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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