MATO GROSSO
Parceria entre cadeia pública e Hospital do Amor garante atendimentos com exames preventivos para reeducandas
MATO GROSSO
Sessenta e cinco reeducandas da Cadeia Pública Feminina de Colíder (362 km de Cuiabá) receberão atendimento para exames de prevenção do câncer de mama e colo do útero. A ação faz parte de uma parceria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), a Prefeitura de Colíder e o Hospital de Amor, anteriormente conhecido como Hospital de Câncer de Barretos, com unidade em Sinop.
A diretora da Cadeia de Colíder, Willian Maria, explica que os atendimentos, que são feitos em uma carreta totalmente equipada e climatizada, tiveram início nesta segunda-feira (14.02) e seguem até a próxima quarta-feira (16.02). Além disso, os atendimentos são gratuitos e se estendem ainda às policiais penais da unidade e demais recuperandas da região.
“Esta é uma ação de grande significado e valia para a saúde da mulher, com equipe competente e exames confiáveis na detecção do câncer de mama e colo do útero. Além disso, é uma importante estratégia para voltar a atenção da mulher sobre a importância de se cuidar, principalmente daquelas que estão privadas de liberdade e muitas vezes não possuem condições financeiras ou acesso à informação”, ressalta.
Ainda de acordo com a diretora da unidade, os atendimentos às recuperandas estão sendo feitos por celas, respeitando assim todas as medidas de biossegurança de prevenção à Covid-19. “Depois serão feitos atendimentos das policiais penais que trabalham na unidade e de demais recuperandas da região”, aponta.
O supervisor administrativo do Hospital do Amor, Heverton Costacurta Mota, conta que durante um treinamento de 30 dias em São Paulo conheceu alguns projetos como esse sendo oferecidos em supermercados, shoppings, fábricas e usinas e trouxe a ideia para Mato Grosso, no entanto, dessa vez, para atender mulheres privadas de liberdade.
“Objetivo nada mais é a prevenção. Independente se a mulher está em liberdade ou em reclusão. Todas têm direito a prevenção e qualidade de vida. Tivemos alguns contratempos para efetivar a ida do caminhão até Colíder, mas graças a Deus, conseguimos e estamos colhendo bons resultados dessa parceria”.
Segundo Heverton, a unidade móvel conta com enfermeira que realiza a coleta do exame de colo de útero e com técnicas de radiologia para os exames de mamografia. “Se houver necessidade fazer algum complemento de exame, as reeducandas deverão ser encaminhadas para Sinop, para dar seguimento. No município, elas poderão passar por consulta e procedimentos com médico da área de mastologia e ginecologia. Tudo isso é uma ação social para dar maior visibilidade ao que se refere a prevenção”, reforça.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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