MATO GROSSO
Parceria entre Governo de MT e Funbio viabiliza recursos para estruturar Unidades de Conservação
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) foi contemplada com R$ 7,2 milhões para investir na preservação de quatro Unidades de Conservação Estadual entre 2021 e 2023. Os recursos são do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), destinados por meio do Programa Nacional Copaíbas.
Foram contempladas quatro unidades do Bioma Cerrado, de Proteção Integral, que somam 284,7 mil hectares de área. Os recursos beneficiam o Parque Estadual do Araguaia (Novo Santo Antônio), Parque Estadual da Serra Azul (Barra do Garças), Parque Estadual Águas do Cuiabá (Rosário Oeste e Nobres), e Refúgio de Vida Silvestre Corixão da Mata Azul (Novo Santo Antônio e Cocalinho).
“Com este projeto, podemos suprir todas as necessidades da UC, desde a manutenção, combate ao desmatamento e incêndios, até a aquisição de drones, veículos, e ao mesmo tempo trabalhar a consolidação das unidades por meio do plano de manejo e da demarcação” explica Sirley Silva, analista de meio ambiente da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUCO), que presta apoio ao programa.
No Parque Serra Azul, o investimento de R$ 1,3 milhão trará a ampliação do sistema de vídeo monitoramento, inclusive com visão noturna, para monitoramento da biodiversidade e para coibir crimes ambientais e prevenir incêndios florestais. Outras melhorias previstas são a aquisição de viaturas, materiais para uso em atividades educativas junto à comunidade, como também apoio no planejamento do uso público.
O objetivo fundamental, conforme a gerente do Parque, Cristiane Schnepfleitner, é melhorar os atrativos turísticos para que a população possa frequentar ainda mais o Parque, tendo uma integração com a natureza e o reconhecimento do valor da área preservada, visando o cuidado e a conservação do local por todos.
O Parque Araguaia receberá R$ 2,8 milhões de investimento, dos quais R$ 900 mil estão destinados à construção de uma sede para a gerência. Já estão sendo adquiridos desde o ano passado para estruturar as ações de preservação um drone, caminhonete, notebook, barco com motor e carreta.
Já o Parque Águas do Cuiabá e o Refúgio de Vida Silvestre Corixão da Mata Azul, receberão R$ 1,2 milhão e R$ 1,7 milhão, respectivamente.
O Refúgio de Vida Silvestre e o Parque Águas do Cuiabá terão uma consultoria para elaborar o Plano de Manejo, e os Planos do Serra Azul e Araguaia já existentes serão atualizados. O Plano é um documento que orienta a gestão da Unidade de Conservação de acordo com as suas características, necessidades e objetivos de preservação.
Programa Copaíbas
O programa Copaíbas (Comunidades tradicionais, povos indígenas e áreas protegidas nos biomas Amazônia e Cerrado) tem o objetivo de reduzir o desmatamento e a consequente emissão de gases de Efeito Estufa por meio de estratégias que contribuam para a conservação de florestas e vegetação nativa na Amazônia e no Cerrado.
No Brasil, os investimentos deste programa promovem o fortalecimento de 20 Unidades de Conservação estaduais localizadas no Cerrado para aprimoramento da capacidade de gestão, promoção do uso público e apoio à implementação de iniciativas de manejo integrado do fogo.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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