MATO GROSSO
Partido vai pedir abertura de processo de cassação contra Abílio
MATO GROSSO
A bancada do Psol prepara uma representação para ser entregue ao Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados, em Brasília, pedindo a cassação dos deputados federais que apoiaram e minimizaram os atos de vandalismo na sede dos Três Poderes na Capital Federal, em janeiro deste ano. Entre os parlamentares, consta o nome do mato-grossense Abílio Júnior (PL).
A informação foi divulgada na noite de quarta-feira (1º) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
O parlamentar fez uma live de quase 16 minutos em dezembro do ano passado minimizando os estragos causados na sede do Plenário.
No vídeo, ele aparece andando pelo Salão Verde e pelo plenário da Câmara. “Você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília, mas não é verdade”, disse.
Na live, ele chega a ser interpelado por uma mulher enquanto filmava o prédio da Câmara Federal . “Mas aqui ninguém entrou, você está mentindo”, afirmou ela ao declarar que é petista.
Após ser criticado pelo vídeo, o deputado eleito postou também nas redes sociais que “não foi eleito para agradar a todes”. Ele ainda classificou o episódio como um “mal-entendido” e disse que suas falas foram “tiradas do contexto”.
Conforme informações da Folha, a representação será enviada ainda nesta quinta-feira (2). Além do parlamentar mato-grossense, também constam os nomes dos deputados Silvia Waiãpi (PL-AP), Clarissa Tércio (PSC-PE) e André Fernandes (PL-CE). Todos eles bolsonaristas e que teriam minimizados os ataques e difundido notícias falsas.
“Apesar dos atos terem chocado todos aqueles defensores do Estado democrático de Direito, alguns parlamentares se sentiram representados por tais atos, justificando, via redes sociais, a prática criminosa e veiculando fake news acerca dos fatos”, diz trecho da representação.
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, defende que a Câmara dê uma resposta contundente. “Os atos do dia 8 de janeiro devem ser punidos exemplarmente. Depois de quatro anos de ataques à democracia, devemos demonstrar que elas não serão mais toleradas”.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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