MATO GROSSO
PEC da Reforma Tributária tem 219 emendas, mas nenhuma é de deputados de MT
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Entre as 219 emendas apresentadas à Comissão Especial da PEC 45/2019, chamada “Reforma Tributária”, não há nenhuma proposição de deputados federais da bancada de Mato Grosso. O relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), autor do substitutivo, explica que 15 sugestões foram ouvidas, porém, “não obtiveram assinaturas em número suficiente” e foram desclassificadas. O deputado federal Coronel Assis (União Brasil) minimizou o fato e disse ao HNT que “é algo natural e faz parte da democracia”.
O único ponto defendido por políticos mato-grossenses que consta no texto foi o pedido do governador Mauro Mendes (União Brasil) para minimizar os impactos no setor do agronegócio com a concessão de linha de crédito extraordinária.
“Não estou convencido e irei votar contra”, afimou o deputado.
O projeto começou a ser discutido na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta quarta-feira (5), e deve ser votado em sessão ordinária na noite desta quinta-feira (6), seguindo planejamento do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A matéria precisa de 308 votos em dois turnos.
Coronel Assis (União Brasil) também criticou o teor da PEC 45 por não atender as demandas de Mato Grosso. O parlamentar afirmou que votará contra, mas acredita que as chances de aprovação são grandes.
Para Assis, a votação do requerimento da retirada de pauta indica que a votação será favorável ao governo. Dos 450 presentes, 302 votaram pelo avanço da tramitação e 148 pela paralisação para alongar o período de negociações.
“A PEC não atende o que Mato Grosso precisa para avançar e ainda há muitas dúvidas pairando. Fora que haverá vai ter muito prejuízo para o Brasil. As explicações foram muito conceituais e não me convenceram”, explicou Assis em entrevista ao HNT. “Não estou convencido e irei votar contra”, afimou o deputado.
Assis ainda negou que a nacional do União Brasil tenha orientado os deputados a votarem a favor. “Não há nada fechado nesse sentido. As bancadas ainda não se pronunciaram e as negociações estão em andamento”, disse.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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