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Plano para construir túnel e libertar bandidos da PCE era mais audacioso que o do roubo ao Banco Central

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O delegado Frederico Murta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), afirmou que o túnel construído por um grupo para libertar detentos de alta periculosidade da Penitenciária Central do Estado (PCE) tinha estrutura precária e ficou inferior à construída por criminosos para roubar o Banco Central de Fortaleza, em 2005.

Os criminosos de Mato Grosso tinham o plano de realizar a construção do túnel de 200 metros para libertar os bandidos a partir de uma residência do bairro Pascoal Ramos. Porém, apenas 30 metros chegaram a ser construídos.

O plano do túnel era mais audacioso do que o dos bandidos de Fortaleza. À época, os criminosos compraram um prédio para escavarem o túnel de aproximadamente 80 metros até o cofre do Banco Central. Eles conseguiram levar três toneladas de dinheiro, aproximadamente R$ 164,8 milhões. O túnel era revestido por tábuas, sacos de areia e lonas. A iluminação, feita com lâmpadas. Havia até refrigeração. 

Entretanto, apesar do plano audacioso, os criminosos que construíram o túnel para ir à PCE acabaram atingindo uma galeria de esgoto, o que dificultou o término da obra.

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“Nós também achamos semelhante a notícia, mas a parte estrutural ficou bem aquém. Tinha sim escoras, mas eles estavam em uma situação bem periclitante e tinham atingido uma galeria de esgoto, estavam com muita dificuldade de bombear água. Eles estavam trabalhando com parte do corpo submerso no esgoto. Acredito que eles não conseguiriam chegar (na PCE) e a estrutura poderia ruir a qualquer momento”, contou o delegado.
Inicio das investigações

Início das investigações

As investigações da GCCO iniciaram após localização de um túnel de 30 metros, em uma casa no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, no dia 13 de setembro do ano passado. A época, 12 pessoas foram presas, entre elas menores de idade e uma mulher. Em continuidade às investigações, a Polícia Civil identificou outras oito pessoas envolvidas no planejamento e execução do plano de fuga frustrado.

Além das prisões, foram decretadas pelo Poder Judiciário de Mato Grosso 12 mandados de busca e apreensão domiciliares e uma ordem de sequestro de imóvel. Os mandados foram cumpridos em cidades dos estados de Mato Grosso (Cuiabá e Rondonópolis); Bahia (Salvador) e Piauí (Oeiras).

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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