MATO GROSSO
Polícia Civil cumpre mandados contra organização criminosa envolvida em homicídio em Cocalinho
MATO GROSSO
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Cocalinho, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (06.09), a Operação Tribunal Paralelo 2, para cumprimento de quatro ordens judiciais de busca e apreensão relacionadas à investigação de um homicídio qualificado, ocorrido no mês de maio no município.
As ordens judiciais são cumpridas em diversos endereços em Cocalinho tendo como alvo seis investigados, apontados como integrantes de uma organização criminosa que teria sentenciado a vítima de morte.
O crime que vitimou, Abneir Gomes Araújo, de 32 anos, conhecido como “Neguinho”, ocorreu no dia 08 de maio, ocasião em que a vítima foi cruelmente agredida por membros de uma organização criminosa, resultando em sua morte.
Durante as investigações, a Polícia Civil levantou informações de que antes da sua execução, a vítima estaria sendo procurada por faccionados, sob a suspeita de usar indevidamente o nome da organização criminosa com intuito de agredir pessoas.
A vítima então foi submetida ao julgamento do “tribunal” do grupo criminoso, tendo sofrido severas agressões com bambus, pauladas e golpes de faca, que resultaram em sua morte.
Com base nos elementos colhidos nas investigações, o delegado Danilo Rodrigues Barbosa representou pelas ordens judiciais, que foram deferidas pela Comarca de Água Boa.
As investigações seguirão em andamento para apurar outras mortes e desaparecimentos de pessoas no município, praticados por integrantes de organização criminosa.
Tribunal Paralelo
O nome da operação faz referência às sentenças aplicadas pelos integrantes da organização criminosa, que decidem pela execução de possíveis rivais sem qualquer justificativa e aplicam a disciplina (salves) em componentes ou simpatizantes do grupo como forma de castigo.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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