Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Ponte sobre o Rio das Mortes muda realidade do Araguaia: “Melhorou 1.000%”, afirma morador de Nova Nazaré

Publicados

MATO GROSSO

O fazendeiro Carlos Alberto de Morais se lembra da data em que fixou residência na região de Nova Nazaré: 15 de maio de 1986. Na época, Nova Nazaré ainda não era um município e a população enfrentava grandes dificuldades logísticas, com estradas precárias.

“Quando eu vim para Nova Nazaré era estrada de chão, tinha época em que atolava até dez caminhões dentro da cidade. Hoje não, hoje mudou bastante. Graças a Deus e ao governo, que ajudou muito”, afirma o fazendeiro.

A realidade da região mudou de vez com a construção de uma ponte de concreto sobre o Rio das Mortes. Com 483 metros de extensão, essa é atualmente a maior ponte de Mato Grosso (outras três maiores estão em construção). O Estado investiu R$ 56,7 milhões nessa obra, entregue em setembro de 2022.

A chegada da ponte aposentou duas balsas que antes eram necessárias para atravessar o rio, que fica no meio do caminho entre Nova Nazaré e Cocalinho. “A partir da construção da ponte isso aqui melhorou, não foi 100% não, foi 1.000%”, opina Carlos Alberto.

Leia Também:  Festival Esportivo promove esporte e lazer no bairro Passaredo em Cuiabá

“Com essa balsa era complicado demais, muitas filas. Os motoristas passavam vários dias aqui, alguns talvez passavam fome. Mas o governo concluiu a ponte e graças a Deus hoje a gente tem essa maravilha aí, para ir e vir”, observa.

Ponte sobre o Rio das Mortes muda realidade no Araguaia
Créditos: Christiano Antonucci/Secom-MT

As duas balsas que operavam no Rio das Mortes transportavam não mais do que dois caminhões por vez. A espera para fazer a travessia por vezes superava os dois dias. Agora, dura poucos segundos. “Ficou um pulo”, constata o caminhoneiro Francinaldo Alves Pessoa.

Antes isolado pelo rio, o município de Cocalinho é um dos grandes produtores de calcário do Estado. Por isso, recebia um grande fluxo de caminhões em busca desse elemento fundamental para a agricultura. Mas a ponte não beneficia apenas os caminhoneiros. Toda a população sente as melhorias.

“Não que a balsa não tenha nos servido, mas agora está muito melhor”, opina a comerciante Celia Amorim Souza. Ela lembra das longas filas, da agonia com pacientes que precisavam passar com ambulâncias.

Leia Também:  Moradores mostram situação do Residencial Belita Costa Marques, em Cuiabá

Dona de uma lanchonete na MT-326, estrada que liga Cocalinho até Nova Nazaré, ela observa o aumento no fluxo de pessoas e planeja expandir seu estabelecimento.

Um ano após inauguração, ponte muda a realidade do Araguaia
Créditos: Christiano Antonucci/Secom-MT

“Para mim que sou comerciante, mudou bastante, melhorou muito, as vendas ficaram ainda melhores. Eu tenho que aprimorar, melhorar mais porque aumentou a clientela. Antes era mais só de caminhoneiros, mas agora tenho a clientela de fazendeiros, de turistas, enfim, só veio melhorias com a construção da ponte”, constata.

A chegada de turistas também é observada pelo comerciante João Gleiso Ribeiro. Situada na beira do Rio Araguaia, Cocalinho faz parte da Temporada de praias da região. “Com a ponte se tornou mais rápido o pessoal vir para cá, para a beira do rio. No meu comércio, eu quero fazer uma modificação, ampliar para atrair os turistas”, afirma.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  Praças na região central de Cuiabá estão abandonadas

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  VÍDEO: Prefeito Emanuel Pinheiro se pronuncia sobre prisão do vereador Paulo Henrique de Figueiredo

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA