MATO GROSSO
Professor é afastado por suspeita de enviar vídeos pornográficos para alunas
MATO GROSSO
Um professor de teatro da rede municipal de Sorriso (cerca de 400 quilômetros de Cuiabá) foi afastado de uma escola após denúncia de que estaria enviando vídeos com conteúdo pornográficos a alunas. A Polícia Civil da cidade também teve conhecimento do caso e iniciou uma investigação.
Os vídeos teriam sido descobertos pela mãe de uma aluna, que mexeu no aparelho celular da filha. O caso foi denunciado na unidade escolar e o possível assédio sexual é investigado. Até então, não havia nenhuma denúncia contra o professor e a polícia deverá apurar se nas filmagens quem aparece é o próprio educador ou outra pessoa.
Procurada, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) esclareceu que o professor foi contratado há menos de um mês e teria dado somente quatro aulas de teatro quando os vídeos vazaram. Depois da informação dos vídeos pela Polícia Civil, a Secretaria afastou o professor, para que o caso seja investigado.
Em entrevista ao site JK Notícias, a titular da pasta, Lúcia Drechsler, afirmou que caso seja confirmado, será um fato isolado. “Nós ainda não acreditamos que seja verdadeiro, confiamos até então e esperamos averiguar. Não podemos sair culpando e acusando até porque mexe com várias pessoas. Mas também temos responsabilidades com as crianças. Estamos aqui para preservar as crianças e o cidadão. Uma vez que denegrimos a imagem de alguém, é difícil resgatar. Então toda cautela neste momento é necessária. E a polícia que está cuidando dos fatos irá nos repassar o que será verificado e identificado”, finalizou.
FONTE/ REPOST: FABIANA MENDES – OLHAR DIRETO
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.