MATO GROSSO
Projeto de empreendedorismo ensina técnicas de confeitaria a mulheres vítimas de violência doméstica
MATO GROSSO
Mulheres vítimas de violência doméstica em Cáceres ganharam mais uma oportunidade de conquistar a independência financeira, por meio de um projeto desenvolvido pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
O projeto Dona de Mim, que ganhou a parceria da Polícia Penal de Cáceres, está promovendo uma oficina profissionalizante com as mulheres atendidas pela delegacia especializada.
A titular da DEDM de Cáceres, Judá Maali Marcondes, explica que a cada aula do projeto é ensinada um técnica diferente em confeitaria, como a produção de bolos, tortas, doces e cupcakes.
A chef Suilaine França deu o curso de culinária, em um espaço na delegacia, e ensinou técnicas de cupcakes e bolos confeitados.
A delegada Judá Maali Marcondes destaca que todos os produtos podem ser produzidos em casa, oferecendo às mulheres a oportunidade de alcançar independência financeira. “A dependência financeira impede que muitas mulheres rompam com o ciclo de violência e este curso funcionará como instrumento de libertação e independência”.
Quinze mulheres participam do curso e na avaliação da policial penal, Fabiana Amaral, que participou dessa edição do projeto, a iniciativa da Delegacia da Mulher vem para atender a necessidade e dar suporte a essas vítimas, que buscam uma alternativa de sobrevivência.
“Elas possuem um perfil específico, mas muitas não têm experiência profissional, sem ter com quem deixar os filhos. Queremos apresentar o empreendedorismo como uma alternativa para elas alcançarem sua emancipação. Muitas vezes, essas mulheres já fazem algum tipo de trabalho, algumas costuram, algumas cozinham. Queremos que elas sejam donas de si, transformando essa ideia, esse talento, em um negócio capaz de garantir sua independência financeira”, destacou a policial.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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