MATO GROSSO
Projeto Sinop orgânico consolida estratégia de produção com orientação e planejamento
MATO GROSSO
Com a presença de alunos produtores e técnicos locais, foram realizadas cinco palestras sobre o assunto nas respectivas localidades: Comunidade de Chácaras Talismã, Sede do município de Sinop, Centro de recuperação de Vidas Ebenezer, e dois núcleos no Assentamento Wesley Manoel Soares Campos e Gleba Mercedes.
Exemplo do agricultor Paulo Mendes de Oliveira Filho, das Chácaras Talismã, que definiu a oportunidade como um norte para entender como funciona a produção de orgânicos. “Fazia tudo errado e não entendia o motivo. É preciso seguir as orientações e obedecer à quantidade adequada. Tenho horta e alguns pés de frutas como açaí, cupuaçu, cacau e pequi, além de ter plantado recentemente várias espécies de citrus. Achava que era só jogar os restos de casca e a mágica acontecia”.
Paulo conta que entendeu realmente a importância da assistência técnica quando percebeu sua produção de pepino dando certo. “Os pés não vingavam e morriam. Não entendia o motivo, mas agora com o manejo correto quantidade de esterco e compostagem na medida certa estão bonitas de se ver. Estou muito feliz”.
Para Aline Kraeski, orientadora pedagógica na Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade, o projeto Sinop Orgânico vem proporcionando suporte para o desenvolvimento agrícola na região, iniciativa que é de vital importância aos pequenos agricultores, que tanto carecem de assistência e incentivos. “O projeto tem apoiado as atividades desenvolvidas na nossa horta escolar, que consiste em um modelo de horta agroecológica. Através de palestras e oficinas práticas, estudantes e professores recebem capacitação sobre técnicas de produção que são aplicadas na prática e também levam esses conhecimentos para casa, possibilitando replicar o que aprenderam nas propriedades de suas famílias”.
Segundo a professora, na última capacitação realizada os estudantes puderam aprender sobre planejamento para transição da propriedade para o sistema orgânico de produção e também vivenciaram na prática a atividade de planejamento para o uso e expansão da produção no terreno da escola, considerando o melhor aproveitamento da área e dos recursos. “Assim, esses momentos de capacitação têm contribuído para repensar e organizar a produção de modo a potencializar o uso dos recursos que temos disponíveis, incorporando novas técnicas que possam melhorar a produtividade e garantir uma produção mais segura e sustentável, voltada ao consumo na própria escola, incrementando a merenda escolar com alimentos frescos e de boa procedência”, completa ela.
Os produtores estão sendo orientados pelo engenheiro agrônomo da Empaer e coordenador da iniciativa, Rogério Leschewitz, que norteia as metodologias produtivas já consolidadas quanto à conversão da produção do sistema convencional para o sistema produtivo orgânico.
Ao final de cada palestra, houve a realização de oficinas técnicas de planejamento participativo com os representantes das propriedades, ao total de cinco atividades. Na oportunidade, foram elencadas as áreas de atuação do projeto nas unidades produtivas e as ações a serem desenvolvidas durante sua execução, para a conversão e consolidação da produção orgânica a médio e longo prazo.
Rogério pondera que esta é a segunda rodada de palestras e oficinas nos núcleos de treinamento, e tem uma importante finalidade quanto ao processo de treinamento continuado, pois foi apresentado aos produtores, como realizar a conversão para o sistema orgânico de forma natural e efetiva.
“A conversão não é somente a substituição de insumos convencionais por orgânicos, mas sim a construção de uma visão produtiva sustentável, tendo como foco a qualidade de vida das pessoas e como consequência a produção de alimentos saudáveis. Todo este trabalho de planejamento, visa a médio prazo proporcionar às propriedades a certificação com o selo de produção orgânica, um dos objetivos do projeto”.
De acordo com ele, cada propriedade teve treinamento e autonomia de iniciar o planejamento da sua propriedade, como a escolha da área e as ações necessárias para iniciar a conversão. “Cada ação elencada pelos produtores, servirá de base para o acompanhamento técnico que será realizado diretamente em cada unidade produtiva, e servirá como um objetivo a ser alcançado”.
Sobre o Projeto Sinop Orgânico
Com o intuito de promover e difundir a produção orgânica no município de Sinop, a Empaer desenvolve o Projeto Sinop Orgânico, responsável por capacitar 50 unidades produtivas do planejamento da produção a comercialização de alimentos orgânicos.
O Projeto iniciou em julho de 2022 e após realização da seleção das propriedades e cadastramento das mesmas, deu-se início ao processo de capacitação continuada em produção orgânica, através da transição agroecológica das propriedades.
Para melhor desenvolvimento das atividades e melhoria na eficiência de atendimento, as propriedades e entidades envolvidas foram subdivididas em cinco microrregiões geograficamente próximas, sendo elas: Comunidade de Chácaras Talismã, Sede do município de Sinop-MT, Centro de recuperação de Vidas Ebenezer, e dois núcleos no Assentamento Wesley Manoel Soares Campos – Gleba Mercedes V.
São contempladas a realização de diversas atividades de capacitação técnica, teóricas e práticas, associando o conhecimento técnico ao desenvolvimento da prática no campo. Serão realizadas ao longo do projeto um longo período de capacitações continuadas aos produtores, e durante o processo as propriedades irão receber visitas técnicas, participarão de mutirões, feiras e excursões, o que irá auxiliar no processo de aprendizagem.
A iniciativa conta com a parceria da Prefeitura municipal de Sinop-MT, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Faculdade de Tecnologia de Sinop-MT (FASTECH), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Escola Técnica Estadual de Educação Profissional e Tecnológica de Sinop-MT (SECITECI), Câmara Municipal de Vereadores de Sinop-MT e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sinop-MT.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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