MATO GROSSO
“Queremos aprender e avançar com o sucesso de MT em produção e ações de preservação ambiental”, afirma representante da Indonésia
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O governador Mauro Mendes ressaltou a importância da agenda para que as províncias possam cobrar esforço financeiro de países desenvolvidos para pagamento por serviços ambientais, prestados pelas florestas tropicais dos três países. Os ativos ambientais da Amazônia estão no centro das discussões mundiais pelo clima.
“Juntos, temos algo muito importante para o planeta, que são as nossas florestas. A economia de baixo carbono para reduzir essas emissões e contribuir com o aquecimento global é um esforço que precisa ser feito por todos, mas fundamentalmente, por aqueles que são os grandes poluidores do planeta. Outros países precisam colocar a mão no bolso para pagar por serviços ambientais”, avalia.
Mato Grosso está fazendo a sua parte com o combate ao desmatamento ilegal, e na neutralização das emissões de carbono até 2035 com as ações do Programa Carbono Neutro MT.
“Estamos apertando todas as nossas decisões para que a preservação, respeitando a lei brasileira, possa acontecer. Não queremos desmatar um metro quadrado a mais do que a nossa lei permite, que é uma das legislações mais restritivas do mundo”, defende o governador.
O estado alcançou 51% de legalidade na supressão de vegetação da Amazônia no primeiro trimestre, com autorização ambiental, respeitando a norma de preservar 80% da área da propriedade rural localizada no bioma Amazônia.
Conforme o governador da província kalimantan Oriental da Indonésia, Isran Noor, a visita a Mato Grosso servirá para construir laços mais próximos e conhecer de perto o êxito do estado em aliar desenvolvimento sustentável e bem-estar da população.
“O nosso objetivo é aprender muito com Mato Grosso para o desenvolvimento da nossa província. A produção agrícola, o manejo florestal e a preservação, queremos aprender e avançar com o sucesso de Mato Grosso”, avalia.
Já o ministro de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da província Mai-Ndombe do Congo, Ignace Monza Bonda, apresentou aspectos ambientais de um projeto que possibilitou iniciar a venda efetiva de créditos de carbono com o recebimento de 4 milhões de dólares.
“Nós julgamos que com essas trocas teremos compromissos que nos permitirão consolidar as nossas relações com ações em comum pela preservação. Também acreditamos que os recursos devem chegar a nível local. As comunidades esperam que os ganhos dos créditos de carbono tragam benefícios verdadeiros”, comentou.
A agenda é resultado da convergência de pautas ambientais dos países, tratada anteriormente por eles em reuniões do Fórum Global de Governadores Para o Clima e Floresta (GCF Task Force).
“Temos muitos assuntos em comum, como o ativo de carbono que interessa aos demais países que buscam adquirir estes créditos, e um dos motivos desta conversa é estabelecer critérios para que estas políticas estejam atreladas às necessidades dos estados que serão beneficiados. Juntos, podemos fortalecer a política para o mercado de carbono”, explica a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
A visita internacional continua até o dia 7 de maio, com agendas para apresentação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais, sistema de monitoramento por imagens de satélite, programa Mato Grosso Produtivo, Produzir, Conservar e Incluir, viajem a Alta Floresta para conhecer ações de bioeconomia, agricultura familiar e pecuária sustentável.
Participaram do evento a Gerente de Operações do Banco Mundial no Brasil, Sophie Naudeau; o líder de desenvolvimento do Banco Mundial da Indonésia, André Aquino; Werner Kornexl, Líder Sênior de Recursos Naturais no Brasil; os secretários de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda; de Agricultura Familiar, Teté Bezerra; de Fazenda, Rogério Gallo; Casa Civil, Mauro Carvalho; representantes do setor produtivo e outros participantes da comitiva.
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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