MATO GROSSO
Seaf vai abordar políticas da agricultura familiar e fortalecimento do turismo rural durante a FIT Pantanal
MATO GROSSO
Promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), em conjunto com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), o Fórum visa discutir desafios e oportunidades dessas cadeias produtivas, reunindo especialistas, agricultores e representantes regionais do segmento produtivo para um intercâmbio de experiências, conhecimentos e soluções práticas.
A abertura será conduzida pelo secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro, que destacará as iniciativas do Governo do Estado para impulsionar os setores de agricultura familiar e turismo rural.
“O Fórum proporcionará discussões de estratégias que apoiem o desenvolvimento das atividades no Estado, promovendo a agricultura familiar como alavanca para o crescimento econômico das regiões”, destacou o secretário.
Fórum acontecerá durante a FIT Pantanal – Foto: Secom-MT
O evento ainda dá oportunidade gratuita de aprendizado sobre experiências de outras cadeias produtivas, como a do cacau, que vem sendo fortalecida no Estado com o Programa MT Produtivo Cacau que distribui mudas para agricultores familiares que pretendem investir na cultura.
O assunto será abordado em uma palestra com o secretário adjunto da Agricultura Familiar de Mato Grosso, Clóves Cardoso, no dia 31 de maio.
A programação também conta com palestra da médica veterinária da Seaf, Priscila Sinhori, sobre a certificação de produtos de origem animal no Estado; do superintendente de Agricultura Familiar da Seaf, Luciano Gomes Ferreira, que abordará a produção de frutas tropicais, entre outras palestras sobre diversos temas importantes para a agricultura familiar.
A FIT Pantanal é realizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso em parceria com o Sistema Fecomércio-MT.
Veja abaixo a programação completa do Fórum das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar e Turismo Rural:
Dia 31.05
13h – Inscrições
13h30 – início
Tema: A Cadeia Prudutiva do Cacau em Mato Grosso
Palestrantes: – Cloves Cardoso, secretário-adjunto da Agricultura Familiar de Mato Grosso
Mediador: Fabrício Tomaz Ramos Engenheiro Agrônomo da Empaer e especialista em Projetos Rurais
14h30
Tema: Experiências dos Queijos Campeões Internacionais da Queijaria Quinta da Cartucheira e o Novo Produto Turístico na Propriedade.
Palestrante: – Silas Vicente Barbosa Júnior – Proprietário da Fazenda e Queijaria – “Quinta da Cartucheira”
Mediador: – José Eugenio de Almeida Maciel – Secretário de Turismo de Nossa Senhora do Livramento – MT
15h
Tema: Certificação de Produtos de Origem Animal na Agricultura em Mato Grosso
Palestrante: Priscila Sinhori – Médica Veterinária Gerente da SUSAF – Seaf-MT
Carine Baggio – FEDFs. Médica Veterinária. INDEA CISPOA
Mediadora: Fernanda Rocco – FEDFs. Médica Veterinária. INDEA CISPOA
15h40
Tema: Cadeia Produtiva da Fruticultura Tropical de Mato Grosso
Palestrantes: – Luciano Gomes Ferreira – Engenheiro Agrônomo – Superintendente de Agricultura Familiar, Doutor em Agricultura Tropical
Mediador: – Leonardo Ribeiro – Engenheiro Agronomo da SEAF – Angenheiro Agronomo – Especialista em Fruticultura, Especialista em Agricultura Tropical, Especiasta em Agricultura Familar
16h20
Tema: Cadeia Produtiva do Café de Mato Grosso
Palestrantes: Douglas Santinni – Presidente da ACAFEMAT
Mediador e Palestrante: Welington Procópio Engenheiro Agronomo – Chefe do campo experimental e Produção da EMPAER de Tangará da Serra
17h
Tema: Cadeia Produtiva do Mel – Meliponídeas (Abelhas sem Ferrão) e Apis Melífera (Abelhas com Ferrão)
Palestrantes: – João Bosco Pereira – Especialista em Apicultura da Empaer-MT
– Diogo Ormond Pereira – Presidente da AMAMEA – Meleponicultor – especialista em Meliponídeas
Mediador: – João Roberto Buzatto – Consultor e produtor de mel
17h30
Tema: Cadeia Produtiva da Mandioca
Palestrantes: – Dolorice Moretti – Engenheira Agrônoma – Pesquisadora de Marndioca da Empaer-MT
Mediador: Welington Procópio Engenheiro Agrônomo – Chefe do campo experimental e Produção da Empaer de Tangará da Serra
As inscrições também podem ser feitas antecipadamente AQUI
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos

Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.
Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.
De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.
O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.
Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.
“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.
“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.
Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.
Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.
Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.
Lei Complementar 801/2024
Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.
“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.
Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso
O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.
“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.
O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.
“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.
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