MATO GROSSO
Secel dará continuidade a programas de fomento à cultura de Mato Grosso
MATO GROSSO
Em continuidade às políticas públicas que possibilitaram o maior programa de fomento à cultura da história do Estado, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), prevê ainda mais ações direcionadas ao setor em 2023.
“Daremos sequência à atuação que tem fortalecido o setor cultural mato-grossense. Vamos ainda ampliar as ações, inclusive com valores maiores nos editais, e outras medidas que reconhecem a força econômica do setor. Queremos um forte Sistema Estadual de Cultura, para que as políticas culturais cheguem à população de todos os cantos de Mato Grosso”, destaca o titular da Secel, Jefferson Carvalho Neves.
Até o momento, destacam-se como novidades a realização da V Conferência Estadual de Cultura e a expectativa de regulamentação das leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo. Também estão programadas uma série de atividades para impulsionamento da economia criativa e a reedição de importantes editais, como o MOVE_MT e o MT Preservar, além da divulgação de resultados das seleções em andamento.
Economia Criativa
A agenda de atividades de fomento à economia criativa recomeça logo em janeiro, dando prosseguimento ao Báyò, projeto de desenvolvimento do empreendedorismo negro. Junto com as palestras do MT Criativo na Estrada, o Báyò está na fase de pesquisa diagnóstica, que deve ser finalizada até abril em mais sete municípios. Até agora, a pesquisa foi realizada em Chapada dos Guimarães, Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Após o resultado do diagnóstico sobre afro-empreendedorismo, estão previstas capacitações e ações de estímulo ao mercado e de valorização da identidade cultural do povo negro, que incluem a realização de uma grande feira com atrações artísticas e uma exposição histórica.
Promovido em parceria com a Oi Futuro, o edital MOVE_MT terá uma segunda edição em 2023. O programa, que acelera negócios criativos e sustentáveis por meio de uma jornada de aprendizados, deve ter a nova seleção pública lançada entre os meses de março e abril.
Também estão programadas duas maratonas de Negócios Criativos, a serem realizadas em Cuiabá – uma no primeiro e outra no segundo semestre do ano. Os encontros irão oferecer formação coletiva e individual direcionada à arte cênica e música.
Outras qualificações importantes ao desenvolvimento do setor estão na lista de atividades, no decorrer do ano, como formação em gestão e sustentabilidade aos Pontos de Cultura, capacitação de gestores municipais para economia criativa, laboratório de mídias digitais e uma palestra nacional sobre educação empreendedora.
Patrimônio Histórico e Cultural
As ações para preservar o patrimônio histórico e cultural mato-grossense também avançam em 2023. Uma das medidas será a reedição do edital MT Preservar, visando a recuperação de bens imóveis tombados em várias regiões de Mato Grosso.
Também estão previstos a reabertura de importantes museus na capital e investimentos em equipamentos do interior.
Editais em andamento
Com investimento de R$ 10 milhões, o edital Viver Cultura foi lançado em 2022 e, até o fim de janeiro, será divulgado o resultado da fase de seleção. Serão contempladas 261 propostas de variadas áreas artístico-culturais.
Em sua segunda edição, o edital Estevão de Mendonça de Incentivo à Literatura disponibiliza R$ 2 milhões que serão investidos em publicação de obras, projetos de fomento à leitura e de incentivo à escrita. A publicação do resultado da fase de seleção deve ocorrer até o fim de fevereiro.
Já com os contemplados definidos, o edital Pontos de Cultura está em fase de formalização e pagamento. Foram selecionados 38 projetos, que recebem R$ 50 mil cada, para impulsionar as ações culturais já existentes nas comunidades.
Conferência Estadual de Cultura
Em sua quinta edição, a Conferência Estadual de Cultura deve ocorrer no primeiro semestre do ano. O encontro reúne representantes dos municípios mato-grossenses para debater os rumos das políticas culturais do Estado. É a instância de participação social com o objetivo de propor diretrizes, estratégias, programas e ações para as políticas culturais, numa articulação entre os governos estadual e municipais e a sociedade civil organizada.
Sistema Estadual de Cultura
Para fortalecer ainda mais o Sistema Estadual de Cultura, a Secel continuará apoiando os municípios mato-grossenses. O suporte será permanente, por meio de qualificação de gestores, apoio na operacionalização de recursos de convênios, reuniões e outros contatos diretos.
Os principais objetivos serão garantir que mais municípios estejam organizados com Conselho, Plano e Fundo (o CPF da Cultura) e que o processo de gestão e promoção das políticas públicas culturais seja efetivado em todo o Estado.
Recursos federais
Com a recriação do Ministério da Cultura e a aprovação das leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo, a Secel se prepara para assegurar a execução dos recursos financeiros federais em Mato Grosso.
A Lei Aldir Blanc 2 institui a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, com repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a Estados e municípios. Já a Lei Paulo Gustavo direciona R$ 3,86 bilhões do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) aos entes federados, sendo que a maior parte da verba deverá ser aplicada no setor de audiovisual.
Assim como na Lei Aldir Blanc, todos os esforços serão mobilizados para garantir a execução dos valores destinados ao Estado e contribuir ainda com a operacionalização nos municípios.
“Juntos, Governo de Mato Grosso e a equipe competente e dedicada da Secel, vamos fazer o possível para que os próximos anos sejam de muitas realizações culturais em todo o Estado e de consolidação do setor como importante gerador de emprego e renda”, conclui o secretário da Secel.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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