MATO GROSSO
Seciteci promove debate de soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e o Parque Tecnológico de Mato Grosso realizam, nesta quarta-feira (30.11), a primeira edição do seminário “Pensando MT”, que tem como pauta o impacto socioambiental das mudanças climáticas e ações de controle e mitigação, com foco em recursos hídricos, energia e clima. O evento ocorre entre às 13h30 e 16h, na Escola Técnica Estadual de Cuiabá (ETE). A entrada é gratuita, mas, para participar, é necessário se inscrever (clique aqui).
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Maurício Munhoz, que acaba de voltar da 27ª Conferência do Clima, no Egito, ressalta o comprometimento do Estado na promoção do desenvolvimento sustentável, e que, sob essa perspectiva, o evento da Seciteci e Parque Tecnológico abre diálogo com pesquisadores que são referência no assunto.
“Soluções podem ser pensadas em conjunto. Acreditamos que servidores da Seciteci, do Parque Tecnológico, professores e alunos das escolas técnicas, de centros de pesquisa, além do público interessado no assunto, têm muito a somar para o debate. A expectativa é ‘plantar a semente’ para despertar a criação de novos projetos de tecnologias e inovação que poderão ser efetivados como ação de enfrentamento e mitigação de danos decorrentes das mudanças climáticas”, afirma.
O Parque Tecnológico, por exemplo, trabalha no projeto de uma plataforma que reunirá dados científicos e de gestão para que o Executivo tenha informações qualificadas que servirão de subsídios na tomada de decisões. Um dos responsáveis pelo projeto, o professor doutor Rafael Nunes, atuará na mediação do debate. Ele é bolsista do Parque via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).
“O Estado está se municiando de informações qualificadas para se antever e planejar ações de combate à crise climática. A plataforma que estamos desenvolvendo, por exemplo, reunirá dados científicos, mapeará ações de pesquisa e conectará estudiosos sobre o assunto”, destaca.
Água, clima e energia
Como palestrantes, participam os pesquisadores Ben Hur Marimon Júnior, Edenir Maria Serigatto e Paulo Modesto Filho.
Na ocasião, o professor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Ben Hur defenderá a importância das florestas e do manejo adequado do solo nas bacias hidrográficas. Ele destaca a importância da recuperação de áreas degradadas. “Com a supressão florestal, você tem a redução da evapotranspiração, da reciclagem de chuvas e com manejo inadequado do solo, queda de infiltração. Então temos chuvas mais concentradas e baixa infiltração”.
Desse modo, pode haver assoreamento de reservatório de hidrelétricas, de rios, e na época das chuvas, muita vazão, enquanto que na seca, ela é reduzida em função do rebaixamento do lençol freático. Ele sugere monitoramento apurado para acompanhar o histórico de quedas no regime hidrográfico.
“Precisamos embarcar muita tecnologia, mais do que temos, para utilização da terra, recuperação de pastagens, utilização de agricultura de precisão, utilização de plantio direto e de várias formas de recuperar fertilidade do solo, de recuperar sistemas de proteção do solo, com ganho de produtividade e ganho de recarga de lençol freático”, diz ele.
Outra pesquisadora do time da Unemat, a professora Edenir Maria Serigatto também reforçará a importância da recuperação das áreas degradadas para a preservação da integridade das bacias hidrográficas de Mato Grosso. Ela relatará as pesquisas que vêm desenvolvendo no Vale do Sepotuba, por meio do monitoramento de satélite.
“Com as mudanças climáticas, temos constatado períodos de seca mais prolongados, que impactam os grandes rios e principalmente, os pequenos e os córregos. É preciso estar alerta, pois Mato Grosso depende exclusivamente das chuvas para abastecer suas microbacias e bacias”, destaca.
Por fim, o professor Paulo Modesto Filho, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), falará sobre o projeto que vem realizando junto a outros pesquisadores na Bacia do Alto Cuiabá, que abrange seis regiões – Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças, Sinop e Cáceres -, e que conjugam ainda, outras dezenas de municípios. Colocará em pauta, ainda, fatores de retroalimentação do clima e a necessidade de gestão adequada de gestão de resíduos líquidos e sólidos para redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Outro ponto que será abordado diz respeito aos impactos das ações antrópicas e da necessidade de se pensar soluções para a gestão de resíduos domiciliares e de esgoto, por exemplo. Com planejamento e investimento, o cenário pode ser revertido e o Estado poderá ter retornos econômicos a partir da utilização desses resíduos, por exemplo, para geração de energia”, comenta.
Os inscritos no seminário terão certificado de participação.
Mediação e convidados
A mediação da mesa ficará por conta do biólogo, doutor em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Rafael Vieira Nunes. Bolsista do Parque Tecnológico, Rafael tem como principais áreas de interesse a política socioambiental, gestão dos recursos hídricos e naturais e filosofia da ciência.
Convidados
Ben Hur Marimon Júnior – Doutor em Ecologia e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), pesquisador permanente da RAINFOR Network (Universidade de Leeds), da rede Global de Monitoramento de Ecossistemas (Universidade de Oxford) e da ATDN (Amazon Tree Diversity Network).
Edenir Maria Serigatto – Mestre em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2000) e doutorado em Ciências Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2006). Atualmente é professora adjunta da UNEMAT, campus de Tangará da Serra. Tem experiência na área de Botânica e Sistema de Informação Geográfica. Orienta nos seguintes temas: recuperação de área degradada, desenvolvimento vegetal e manejo de bacia hidrográfica, Ensino de Botânica.
Paulo Modesto Filho – Engenheiro Cívil pela UFMT, mestre em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos-USP (1983), doutorado em Meio Ambiente e Biologia Aplicada pela Université Catholique de Louvain, Bélgica, (1991). Tem experiência na coordenação e supervisão de projetos de pesquisa e capacitação; elaboração, análise, gerenciamento e execução de projetos, com ênfase em questões ambientais. Atualmente é professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMT e atua principalmente em Gestão e Valorização de Resíduos Sólidos, Bioconversões Anaeróbias e Poluição do Ar.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
“Exames simples de raio-X podem ajudar no diagnóstico de câncer ósseo em crianças e adolescentes”, orienta especialista

Julho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer e à importância do diagnóstico precoce. Dentro da campanha Julho Amarelo, o médico ortopedista e cirurgião de coluna, Dr. Fábio Mendonça chama atenção para o câncer ósseo, um tipo raro da doença, mas que acomete com maior frequência crianças e adolescentes, especialmente durante o período de crescimento.
A campanha tem como objetivo ampliar o acesso à informação e incentivar a busca por cuidados médicos diante de sintomas suspeitos. No caso do câncer ósseo, apesar da baixa incidência, o desconhecimento e o atraso no diagnóstico podem agravar o quadro.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia, o câncer ósseo representa cerca de 2% de todos os casos de câncer no Brasil, com uma média de 2.700 novos casos por ano.
“Apesar de não ser tão comum, o tumor ósseo merece atenção especial porque costuma surgir em fases iniciais da vida, principalmente durante o crescimento, quando há maior atividade celular nos ossos”, explica o Dr. Fábio Mendonça.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 12.500 novos casos de câncer infantojuvenil (0-19 anos) por ano, com taxa de sobrevida média global de 64%, variando entre 75% no Sul e 50% no Norte do país.
Entre os tipos mais comuns estão o osteossarcoma, que atinge os ossos diretamente, e o condrossarcoma, que se desenvolve nas cartilagens. Os principais sinais da doença envolvem dor persistente, principalmente à noite ou durante a madrugada, além de inchaço, vermelhidão e aumento de volume em determinadas regiões do corpo.
“O principal sintoma é a dor contínua, geralmente noturna. Não é comum que crianças reclamem de dor ao dormir, esse deve ser um sinal de alerta para os pais. É importante procurar um médico e fazer uma avaliação”, orienta o especialista.
O diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento. “Quando identificada logo no início, a doença pode ser tratada com boas chances de cura, além de evitar sequelas funcionais. Exames simples de raio X podem auxiliar no diagnóstico. Quando tem essa suspeita do exame físico, aliados a radiografia, costumamos pedir outros exames que antecedem a biopsia”.
“O papel da família é essencial. Ouvir as queixas das crianças, observar mudanças no corpo e não minimizar dores persistentes pode fazer toda a diferença. Estamos falando de uma doença que tem cura, desde que seja detectada a tempo”, finalizou Fábio Mendonça.
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