MATO GROSSO
Secretário destaca importância do debate e fortalecimento da rede de proteção à criança e ao adolescente
MATO GROSSO
Durante participação no 1º Encontro Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, iniciado na noite desta quinta-feira (26.05) em Cuiabá, o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, destacou a importância da discussão permanente e a interação entre os órgãos na prevenção e fortalecimento da rede de proteção às crianças e adolescentes vítimas de violência.
Promovido pelo Ministério Público Estadual, em parceria com o Poder Judiciário, Secretaria de Estado de Educação, Polícias Civil e Militar, o evento prossegue com programação durante todo o dia desta sexta-feira (27.05).
Bustamante avaliou os seminários e encontros, a exemplo deste do MP-MT, como fundamentais para expor, discutir e unir forças na prevenção e repressão. “Não podemos mais admitir omissão ou que os casos de violência contra crianças e adolescentes sejam empurrados para debaixo do tapete, como aconteceu durante muito tempo”, assinalou o secretário. Bustamante reconheceu que o Estado ainda é deficiente na proteção às crianças, todavia, vem avançando na busca por melhorias.
Sobre as redes sociais acessadas, especialmente nos telefones celulares, apontadas no evento como um dos meios de aliciamento e prática de abusos e violência contra crianças e adolescentes, Bustamante pontou que não há como fugir ou abrir mão da internet e de outros recursos tecnológicos.
“O que temos de fazer é criar mecanismos que protejam as crianças”, frisou. Ele lembrou que é papel da família, da educação, segurança e demais poderes e órgãos públicos, além própria sociedade, acompanhar e formar consciência sobre o uso correto das tecnologias, para que o público infanto-juvenil não esteja exposto a riscos, “Criança não pode parar de brincar e sonhar”, completou.
Durante o evento, órgãos da Segurança Pública Estadual apresentam projetos e programas educativos de prevenção e combate à violência. A tenente-coronel Emirella Martins, coordenadora de Polícia Comunitária e Direitos Humanos na Polícia Militar, falou sobre o trabalho da instituição. A PM desenvolve mais de 20 projetos sociais no Estado.
O painel de debate, com o tema: “Reflexão sobre as práticas de proteção e enfrentamento ao abuso, exploração sexual e demais violência contra a criança e ao adolescente no pós-pandemia”, reuniu o secretário de Educação, Alan Porto; o juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, Tulio Duailibi Alves Souza; a promotora de Nova Mutum, Ana Carolina Oliveira; a Tenente Coronel Emirella Martins; e a delegada da Mulher em Cáceres, Judá Maali Marcondes.
O 1º Encontro Estadual de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes tem como um dos articuladores e palestrantes o procurador Paulo Prado, titular da Procuradoria Especializada da Criança e do Adolescente no MP-MT.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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