Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Sedec vai à Argentina conhecer plantação de amendoim

Publicados

MATO GROSSO


Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT) participaram da 9ª edição do Circuito do Amendoim, que ocorreu nos dias 30 e 31 de março, em General Cabrera, na Argentina. A visita técnica teve como propósito obter mais conhecimento sobre a oleoginosa, para a inserção da cultura no Estado.

De acordo com o secretário adjunto de Investimentos, Inovação e Sustentabilidade da Sedec, Anderson Lombardi, como a região é referência mundial em produção do maní (amendoim), era preciso ver de perto o formato de produtividade da cultura para identificar a viabilidade para Mato Grosso.

“No Circuito, visualizamos as diversas fases do amendoim, desde o solo de cultivo, a seleção das sementes, a forma de plantio, maquinário, insumos utilizados, volume de produção até o beneficiamento do produto. Informações essenciais para incluir mais essa cultura entre as nossas commodities”, frisa.

A proposta do amendoim para Mato Grosso é de diversificar as culturas existentes, em função da rotatividade de plantio, que pode resultar em até três colheitas por ano.

Leia Também:  Deputado admite mudar de partido para disputar eleição em 2024

Lombardi esclarece que as terras e o clima mato-grossenses são apropriados para o cultivo do amendoim, mas há diferenças entre a produção argentina e a pretendida no Estado. Na província de Córdoba, região de maior plantio da oleoginosa no país vizinho, o amendoim é a principal atividade comercial e é feita uma única colheita ao ano. Já em Mato Grosso a cultura pode ser intercalada com outras e ter até três safras anuais, o que torna altamente rentável a adoção da nova cultura.

O tour técnico também se estendeu a empresas fornecedoras de sementes, fabricantes de maquinário, produtores e representantes do Poder Público da região.

Projeto inicial

O primeiro plantio comercial de amendoim em Mato Grosso foi realizado em Nova Ubiratã, em uma área de 1.250 hectares. O município também irá abrigar uma indústria de beneficiamento de amendoim, pertencente ao grupo Beatrice Peanuts, na qual serão investidos 40 milhões de dólares. Para a manutenção das atividades industriais será necessária a produção de 30 mil hectares da oleaginosa.

“Queremos fomentar a cultura do amendoim no Estado, porque é uma atividade lucrativa e que tem muito a ser expandida em Mato Grosso e no Brasil. No último ano, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as exportações do produto cresceram, em média, 5%”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda.

Leia Também:  Operação aponta internações desnecessárias em UTIs para aumentar lucros de cartel na Saúde

Produção brasileira

Atualmente, 90% da produção brasileira de amendoim está concentrada em São Paulo, que deverá produzir 644,1 mil toneladas da leguminosa na safra 2021/2022. A colheita deverá ser de 700,5 mil toneladas, 17,4% maior que a safra anterior, com um incremento de 1,2% na produtividade. Em 2021, o estado paulista produziu 674 mil toneladas de amendoim em casca, em área de 173 mil hectares.

Fonte: GOV MT

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Publicados

em

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

Leia Também:  VÍDEO: Polícia Militar salva refém e troca tiros com bandidos em Pontes e Lacerda

A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

Leia Também:  Seleção brasileira desembarca na Austrália para Copa do Mundo Feminina

Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA