MATO GROSSO
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem mais de 2,5 mil visitantes
MATO GROSSO
Mais de 2,5 mil pessoas passaram pelos três dias da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O evento científico se encerrou nesta quinta-feira (25.10) com prêmios de trabalhos científicos, competições de foguetes com garrafas recicláveis e o lançamento da revista “Educação C&T – Ciência e Tecnologia”. A entrada foi gratuita.
O secretário Allan Kardec afirmou que, pelo sucesso da SNCT, “o setor é cada vez mais reconhecido em Mato Grosso devido aos investimentos públicos”.
“Nossa meta é ampliar cada vez mais esse evento, realizar pelo menos cinco etapas classificatórias regionais para a Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (MECTI), premiar a educação básica por categorias, premiar a educação profissional tecnológica, consolidar a MTFog e a revista Educação Ciência e Tecnologia ainda mais”, aponta.
A Semana Nacional foi realizada ao mesmo tempo que o Grande Prêmio de Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), apresentações culturais, exposição da carreta do MT Ciência, reciclagem de material eletrônico pela Recytec, Palco da Ciência, distribuição de mudas e outras ações que visam aproximar a população do conhecimento científico.
Também houve premiação para pesquisas de educação básica e de educação superior por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat). O secretário adjunto de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação da Seciteci, Rodrigo Zanin, ressaltou a importância da realização da SNCT e das diversas atividades que ocorrem ao longo de três dias.
“Nós temos essa missão de ampliar as ações e as expectativas são as melhores para as próximas edições. O desafio está lançado”, comentou. Já o secretário adjunto de Educação Profissional e Superior da Seciteci, Dimorvan Brescancim, destacou a importância do lançamento da revista “Educação C&T”. “Temos um veículo de divulgação de trabalho científico de excelente qualidade no Estado e nossa meta é nos tornarmos, em pouco tempo, uma revista qualis, o que indica a posição que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) atribuída à edição ”, disse.
Para os próximos eventos, a Fapemat espera premiar, o MECTI, trabalhadores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e também as mulheres que desenvolvem pesquisas no Estado. Representantes da Seduc, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Academia Mato-grossense de Letras (AML) compareceram à solenidade, que foram acompanhadas de forma online e presencial por centenas de estudantes.


MATO GROSSO
Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.
Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.
Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.
Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.
Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.
Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.
A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.
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