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SES capacita cirurgiões-dentistas para aprimoramento de serviços ofertados às pessoas com deficiência

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Realizada pela Escola de Saúde Pública, a capacitação contou com parceria da Coordenadoria de Saúde Bucal da SES e do Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) realizou uma capacitação em atendimento odontológico à pessoa com deficiência em Guarantã do Norte. O curso foi ofertado, com o objetivo de aprimorar os serviços ofertados pelos cirurgiões-dentistas da Região do Vale do Peixoto que atendem via Sistema Único de Saúde (SUS).

A capacitação, realizada pela Escola de Saúde Pública de Mato Grosso entre os dias 13 e 17 de maio, contou com parceria da Coordenadoria de Saúde Bucal da SES e o Centro Estadual de Odontologia para Pacientes Especiais (Ceope).

Uma aula prática foi realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), onde os profissionais aprenderam formas de contenção e imobilização protetiva, o correto preenchimento do prontuário odontológico, além de realizarem atividades de educação em saúde.

Já os atendimentos odontológicos foram realizados no Centro de Especialidades Odontológicas do município de Guarantã do Norte. Os alunos tiveram a oportunidade de realizar a anamnese, a avaliação dos exames laboratoriais, o planejamento em equipe, a definição das condutas clínicas e o tratamento odontológico.

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Esta foi a sétima capacitação ofertada pelo Estado e voltada para o atendimento odontológico de pessoas com deficiência. Até o momento foram qualificados 140 profissionais da odontologia que atuam no SUS em Mato Grosso. Durante as capacitações, os profissionais atenderam aproximadamente 200 pacientes.

O superintendente de Atenção à Saúde da SES, Diógenes Marcondes, enfatizou que é imprescindível que os serviços sejam descentralizados e que os profissionais que atuam na Rede Municipal de Saúde estejam qualificados para isso.

“Destacamos a importância dos profissionais se qualificarem para poderem ofertar um serviço de acordo com as necessidades de cada paciente. Em especial os atendimentos voltados para as pessoas com deficiência, que são as que mais carecem de um atendimento especializado. Queremos aprimorar o atendimento na rede pública de saúde, de maneira que todo paciente receba um serviço de qualidade, integral e consoante às suas particularidades”, avaliou.

De acordo com a diretora da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, a previsão é de que sejam abertas novas turmas do curso, com foco na Atenção Primária. Todas as regiões do Estado devem ser contempladas.

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“Realizamos sete turmas e estão previstas mais 16 para cirurgião-dentista com a inclusão da equipe técnica de saúde bucal. A educação permanente em saúde é fundamental para transformarmos dos processos de trabalho no aprimorarmos a rede do SUS. Justamente por entender a importância disso, a Escola de Saúde Pública irá abrir novas turmas e, em parceria com o Ceope e a coordenadoria de saúde bucal, irá percorrer outros municípios para capacitar o atendimento de saúde bucal às pessoas com deficiência”, disse.

O curso já foi realizado junto aos profissionais da Baixada Cuiabana, da região Macro Leste e da região Teles Pires. A capacitação também já passou pelos municípios de Primavera do Leste, Cáceres e Pontes e Lacerda.

Durante as capacitações, foram abordados assuntos como: a Lei Brasileira de inclusão, a evolução conceitual da Pessoa com Deficiência, as terminologias, os conceitos, a classificação das deficiências, a Classificação Internacional de Doenças (CID), a Classificação Internacional de Funcionalidade, a Incapacidade e Saúde (CIF), as principais deficiências e alterações fisiopatológicas e a humanização do atendimento odontológico.

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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