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SES e Unemat ofertam primeiro curso de enfermagem intercultural indígena do Brasil

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) financia, em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o primeiro curso de enfermagem intercultural indígena do mundo, vinculado à Faculdade Intercultural Indígena da Unemat, localizada no campus de Barra do Bugres. As inscrições para o processo seletivo estão abertas até o dia 31 de julho de 2023.

“A SES entende a relevância desta ação e financia, em parceria com a Unemat, o curso de enfermagem intercultural indígena. Temos a certeza de que esse investimento será revertido em benefícios para a saúde dos povos indígenas em Mato Grosso”, avaliou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Para o curso de bacharelado em enfermagem intercultural indígena, são ofertadas 50 vagas destinadas preferencialmente a técnicos em enfermagem, agentes indígenas de saúde (AIS) e agentes indígenas de saneamento (AISAN) que atuam ou já atuaram em comunidades indígenas ou em outras instituições de saúde voltadas às populações indígenas.

A distribuição das 50 vagas ocorre conforme as mais de 40 etnias existentes em Mato Grosso (veja no edital em anexo).

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De acordo com a coordenadora do curso de enfermagem, a professora Ana Claudia Trettel, apenas 12 etnias ainda não obtiveram inscrições no processo seletivo.

“Esse curso, que é exclusivo para os povos indígenas, é fruto de uma parceria inédita com a SES. Não existe nenhum curso neste formato no Brasil, nas Américas e no mundo. O nosso edital está aberto e a inscrição pode ser feita online. Nós separamos vagas para cada etnia e estamos tendo uma grande procura, porém algumas etnias que estão geograficamente mais distantes ainda não apresentaram inscrições”, acrescentou.

Dentre as etnias que ainda não se inscreveram estão: Arara, Chiquitano, Guató, Kanela, Enawene Nawê, Myky, Nambikawara, Paiter-Suruí, Rikbaktsa, Zoró, Irantxe e Terena.

Os profissionais interessados em participar do processo seletivo devem ler a íntegra do edital e realizar a inscrição pelo link: http://vestibular.unemat.br/. As inscrições poderão ser efetuadas até as 23 horas e 59 minutos do dia 31 de julho de 2023.

A seleção dos alunos será encerrada em setembro e a aula inaugural está prevista para o dia 13 de novembro de 2023, no campus de Barra do Bugres.

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Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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