Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

SES integra missão que vai implantar atendimentos em saúde digital para povos indígenas de MT

Publicados

MATO GROSSO

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), em parceria com o Ministério da Saúde, fará a implantação da plataforma de saúde digital nas tribos indígenas dos povos Carajá, Xingu e Xavante de Mato Grosso. A missão terá início nesta segunda-feira (10.06) e seguirá até o dia 22 de junho, sendo iniciada e concluída no município de Barra do Garças.

Composta por representantes da Federação, do Estado e dos municípios envolvidos, a ação irá possibilitar o treinamento de equipes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do Araguaia, Xingu e Xavante para uso da plataforma de Saúde Digital. Após a conclusão do processo de implantação, o Ambulatório Virtual ficará permanentemente disponível.

Esses três Distritos atendem a uma população de aproximadamente 38,8 mil indígenas, que está dividida entre 514 aldeias. A plataforma de Saúde Digital oferta teleconsultas e teleinterconsultas, mediadas por médicos generalistas e especialistas, por meio das tecnologias da informação e comunicação. Nesta missão, também serão ofertados telediagnósticos por meio de exames laboratoriais básicos.

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, destaca que a SES prioriza as ações de Saúde Digital por entender que a tecnologia pode ser uma grande aliada da medicina e da Saúde Pública.

Leia Também:  Ambulatório de Atenção à Transexualidade já realizou mais de 300 atendimentos

“A SES tem diversas ações na área da Saúde Digital e essa missão tem uma característica especial por atender a população indígena. Ficamos muito contentes em ver que a tecnologia pode facilitar o acesso à saúde de qualidade e temos a convicção de que, após essa missão, muitas outras serão possíveis e viáveis”, avaliou o gestor.

A plataforma, que em Mato Grosso é ofertada pelo Instituto Laura Fressatto, funciona como um Ambulatório Virtual usado pelo Estado para atender a população, fazendo a distribuição adequada dos serviços médicos por assistência digital. O secretário adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde da SES, Juliano Melo, pondera os avanços possibilitados pelas ações de Saúde Digital.

“A plataforma de saúde digital permite que profissionais especialistas atendam pacientes por meio de telemedicina. Isso acelerou o atendimento especializado ao cidadão e, consequentemente, reduziu as filas de espera no sistema de saúde”, avaliou.

Por meio de um laptop ou tablet e uma antena portátil para conexão de internet via satélite, os agentes locais de saúde atenderão os pacientes das tribos indígenas visitadas pela missão.

Leia Também:  VÍDEO: Confira as atrações nacionais deste fim de semana no Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães

“O processo de implantação do Ambulatório Virtual é uma grande realização e uma contribuição significativa da SES. Nessa missão, será realizado o acesso ao Ambulatório Virtual para conexão em tempo real com médicos especialistas da Laura Technology, que é a primeira plataforma de Inteligência Artificial na saúde do mundo. Essa tecnologia é disponibilizada ao Estado do Mato Grosso por meio de um convênio firmado com o Instituto Laura Fressatto”, explicou o superintendente de Atenção à Saúde da SES, Diógenes Marcondes.

O modelo de atendimento que será aplicado nesta missão já foi testado durante a pandemia pela Covid-19 com povos indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas.

Além de agilizar o atendimento ao cidadão, o Ambulatório Virtual reduz custos operacionais e dá mais conforto ao paciente, pois diminui a recorrência de longas viagens para acesso a um centro médico.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

Publicados

em

Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

Leia Também:  Ambulatório de Atenção à Transexualidade já realizou mais de 300 atendimentos

Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

Leia Também:  Secel firma parceria com Fundação Itaú para levantamento do PIB da cultura em MT

Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA