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SES realiza captação de coração de bebê de 1 ano e 8 meses em Cuiabá

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Mobilização em Mato Grosso possibilitou a doação do coração para uma criança no Paraná.

A Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, nesta terça-feira (12.11), um procedimento de captação do coração de uma criança de um ano e oito meses de idade, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Esta é a 12ª captação realizada neste ano em Mato Grosso.

Uma equipe captadora veio de Curitiba (PR), coordenada pelo cirurgião cardíaco Dr. Raphael Quintana Pereira, e contou com o auxílio de um médico de Mato Grosso. O procedimento cirúrgico teve início às 9h e terminou às 10h05.

O órgão captado foi enviado para Curitiba, sob o monitoramento da equipe responsável pelo transplante. A logística para a execução do procedimento teve o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), da Segurança Pública de Mato Grosso, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Polícia Militar, do Grupamento Motorizado de Atendimento a Urgência (GMAU) e da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), responsável por dar o suporte logístico necessário para transporte de equipe e do órgão.

O secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, destacou o compromisso do Governo do Estado com os transplantes e a importância de se incentivar a doação de órgãos.

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“Mato Grosso tem um olhar especial para a questão dos transplantes. Além das diversas captações realizadas com o suporte da Central Estadual, também trabalhamos para a breve retomada dos transplantes de rim, sendo que, recentemente, efetivamos novo contrato com o Hospital São Mateus. Também contamos com a generosidade dos mato-grossenses que, no momento de dor extrema, escolhem salvar vidas”, pontuou.

Em 2023 foram captadas 276 córneas e 7 múltiplos órgãos no Estado. Já em 2024, esses números cresceram para 420 córneas e 12 múltiplos órgãos.

“Temos acompanhado o aumento de captações em 2024 e isso é possível graças à solidariedade de famílias enlutadas. A SES reconhece e parabeniza o gesto de solidariedade dessas famílias. Nossas equipes da Central Estadual trabalham para conscientizar mais pessoas sobre a importância da doação de órgãos”, acrescentou a secretária adjunta do Complexo Regulador da SES, Fabiana Bardi.

Foto: Prefeitura de Cuiabá

A coordenadora da Central Estadual de Transplante, Anita Ricarda da Silva, também agradeceu à família doadora que, mesmo em um momento de muita dor, optou pelo gesto de ajudar a salvar uma vida.

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“É um momento muito delicado para quem perde um ente querido, um amigo. Sabemos que tomar decisões como a de doar os órgãos não é fácil. Por isso agradecemos imensamente pelo gesto da família doadora”, declarou Anita.

Transplantes em Mato Grosso

Atualmente, 50 hospitais em Mato Grosso estão habilitados para a captação de órgãos. Eles estão localizados nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Água Boa, Nova Mutum, Sinop, Sorriso, Cáceres, Primavera do Leste, Juína, Alta Floresta, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Peixoto de Azevedo e Colíder. Essas unidades contam com UTI, o que permite a conservação dos órgãos até a chegada das equipes responsáveis pela coleta.

Embora esses hospitais possam realizar a captação de órgãos, apenas quatro instituições estão autorizadas a realizar os transplantes em Mato Grosso: o Hospital São Mateus (transplante renal), o Centro Cuiabano de Excelência em Oftalmologia (transplante de córneas), o Instituto da Visão (transplante de córneas) e o Hospital de Olhos (transplante de córneas).

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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