Search
Close this search box.
CUIABÁ

STF autoriza governo de Mato Grosso e outras entidades a ingressarem em ação da ferrovia Sinop-Miritituba

Publicados

MATO GROSSO

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o ingresso do governo do Estado e mais três entidades a ingressarem na ação que discute a implantação da ferrovia Sinop-Miritituba. O processo foi movido pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e, desde março do ano passado, o empreendimento está paralisado por decisão liminar do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Desde a decisão, diversas entidades haviam ingressado com pedido de “amicus curiae” – “amigo da corte”, terceiro que ingressa no processo para fornecer subsídios para o julgamento da causa. No entanto, até então, apenas o Instituto Sócio-Ambiental Floranativa (ISAF) havia sido autorizado a ingressar na ação.

Agora, com a nova decisão, além do governo de Mato Grosso, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) também poderá fornecer subsídios ao STF para o julgamento da ação. A entidade e o governo do Estado são favoráveis à ferrovia. O Supremo também autorizou o ingresso do Instituto Kabu e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que são contra a ferrovia.

Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, decidiu retirar de pauta o julgamento da ação, que estava previsto para iniciar no dia 15 e seria feito pelo plenário da Corte. Não foi informado o motivo da retirada de pauta. A assessoria do STF ainda informou que não há previsão de nova data para o julgamento.

Para o diretor do movimento Pró-Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Edeon Vaz, a decisão foi uma “inconsequência” do Supremo. “Ele simplesmente tirou de pauta. Quem tirou de pauta foi o presidente do STF, que, possivelmente, atendeu a um pedido do próprio ministro Alexandre de Moraes (relator da ação). Mais uma vez ficamos sem saber o que vai ser da Ferrogrão. É mais um ato do STF em desfavor do setor produtivo. Estamos, realmente, muito preocupados com essa decisão. Aguardamos por meses que isso seria resolvido e agora estamos vendo frustrada nossa expectativa. A gente fica admirado da inconsequência do Supremo e do ministro Alexandre em fazer isso. Eu queria saber se eles vão pagar essa conta depois”, afirmou Edeon.

Leia Também:  Municípios terão incentivos financeiros para credenciamento de equipe na Atenção Primária à Saúde

Vaz ainda estimou que, caso a ação fosse julgada agora e houvesse um desfecho positivo para a ferrovia, levaria pelo menos mais um ano para o empreendimento ser licitado. “Estávamos com toda a expectativa, preparados para reiniciar os estudos e os trabalhos, audiências públicas. Precisamos de uma definição. O que não pode é ficar como está. Não podemos ficar calados. Vamos entrar com petições, com ações, para que o Supremo aprove ou rejeite isso de uma vez”.

O diretor do Pró-Logística também apontou prejuízos com a demora para definir se a ferrovia poderá ser implantada. “Com a Ferrogrão teremos uma redução de 40% no valor do frete. Então, estamos pagando frete mais caro para escoar nossos produtos, reduzindo a rentabilidade do produtor, e frustrando a possibilidade de as comunidades também terem produtos mais baratos nas prateleiras. Nesse período de inflação, se tivéssemos com a ferrovia em funcionamento, com certeza, teríamos redução também dos produtos consumidos pela sociedade”.

Conforme Só Notícias já informou, na liminar deferida pelo ministro Alexandre de Moraes, houve o entendimento que a exclusão de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para passagem da ferrovia, não poderia ter sido concretizada por meio de Medida Provisória (MP) e demandaria a promulgação de “lei em sentido formal”. Com isso, desde então, os processos para implantação da ferrovia estão paralisados.

Leia Também:  Secretário de Saúde é exonerado após denúncia de assédio sexual

Segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), o investimento previsto para a ferrovia Sinop-Miritituba é de R$ 8,42 bilhões, podendo chegar em até R$ 21,5 bilhões de aplicações ao longo da operação. Serão 933 km de trilhos, entre a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba.

Em agosto de 2021, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse, durante encontro em Sinop, que acreditava em uma reconsideração do STF. “Entendo que temos primeiro o bom direito ao nosso lado. Levamos para o tribunal argumentos que são consistentes e acredito numa reconsideração. Confio que isso vai cair e vamos poder prosseguir. Ela (ação) caindo, a gente consegue terminar o desenvolvimento do projeto, arredondar a porta com os investidores, fazer o leilão e ter sucesso”.

Por outro lado, Martha Seillier, secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), também em agosto do ano passado, afirmou que o governo já tem alternativas para manter o projeto, caso a decisão de Alexandre seja mantida pelo plenário. Uma das opções é fazer a alteração do parque por meio de um projeto de lei aprovado no Congresso. A outra possibilidade seria mudar o traçado da ferrovia, o que, no entanto, resultaria em um custo adicional de R$ 2 bilhões.

Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Sebrae/MT impulsiona pequenos negócios da gastronomia local com “Resenha Cuiabana”

Publicados

em

Com foco no fortalecimento da economia local e na valorização dos sabores regionais, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) promove a “Resenha Cuiabana”. O evento, que será realizado nos dias 27 e 28 de junho, no Goiabeiras Shopping, em Cuiabá, e contará com hambúrgueres, doces típicos de festa junina, bebidas e pratos tradicionais da culinária local.

A expectativa é de receber cerca de 2 mil pessoas ao longo dos dois dias de programação. De acordo com Lucas Vasconcelos, gestor regional de Alimentos e Bebidas do Sebrae/MT na Baixada Cuiabana, a proposta é criar um ambiente de convivência, troca de experiências e geração de oportunidades para negócios que expressam a identidade da capital e de seu entorno.

“A Resenha Cuiabana foi idealizada para valorizar a identidade regional e proporcionar um entretenimento acolhedor para todas as famílias, destacando o que há de mais autêntico na nossa identidade”, diz Vasconcelos.

Segundo o gestor, a Rota da Cerveja Artesanal será um dos principais destaques da feira. “Com o circuito, os empreendedores poderão alcançar novos perfis de consumidores e fortalecer a cadeia produtiva, atraindo mais turistas para o estado”, complementa.

Leia Também:  Governador cumpre agenda em Primavera do Leste e assina convênio para construção de escola

Uma das participantes da Resenha Cuiabana é a empresária Thamme Iaworski, proprietária do restaurante D’Marias. Para ela, a feira é uma oportunidade de popularizar sua receita de maria izabel e farofa de banana e aumentar o faturamento.

“Além de ampliar a receita e nos comunicar com um público de todas as idades, vamos oferecer descontos para os clientes que quiserem conhecer nossos produtos”, antecipa.

Ao todo, oito pequenos empreendedores da gastronomia estarão na “vitrine” da exposição: cervejarias Cuiaverá e Xaraes, Rock Burger, Loul Doces, Duda Espetos, D’Marias, Pipocake e Pitadinhas de Amor.

O evento já integra o calendário afetivo do Goiabeiras Shopping, promovendo encontros que celebram as raízes cuiabanas e fortalecem os laços com a nossa cultura.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA