JURÍDICO
STF confirma demissão de ex-juiz que trabalhava bêbado em MT
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Em nova decisão firmada por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a demissão do juiz Ariel Rocha Soares, que atuava na comarca de Tabaporã (673 Km de Cuiabá) e foi punido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) por trabalhar bêbado e dar “cavalo de pau” com um veículo na porta do Fórum do Município onde atuava.
Ele foi demitido em dezembro de 2014 porque ainda não tinha adquirido a vitaliciedade na magistratura, que é conquistada depois de dois anos. Como ainda não havia completado cinco anos de serviço, não teve direito à aposentadoria compulsória. Na época da demissão, foi informado, com base em detalhes do processo, que Soares foi flagrado bêbado durante o exercício da função em diversas ocasiões.
Testemunhas ouvidas no caso afirmaram que o magistrado comparecia às audiências de óculos escuros e fazia comentários inconvenientes, criticando até o corte de cabelo das partes. Em algumas audiências, ele levava até um cachorro e deixava o animal dentro do local de trabalho.
A defesa do ex-magistrado vem insistindo junto ao Supremo para tentar reverter a demissão, mas todas as investidas nesse sentido foram sem sucesso. Em abril deste ano, a ministra Rosa Weber já tinha negado um pedido de revisão disciplinar com o qual Ariel tentava derrubar um acórdão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que também não conheceu um pedido semelhante, cujo objetivo era anular a pena de demissão do Poder Judiciário mato-grossense.
A defesa de Ariel Soares alega que ele foi demitido com base em “provas viciadas”. Para isso, argumentou que depoimentos de testemunhas que não deveriam ser utilizados nos autos que embasaram o processo administrativo no âmbito do Tribunal de Justiça. Alegou ainda que o então juiz passava por problemas de depressão agravados pelo alcoolismo.
A nova decisão unânime do Tribunal de Justiça foi firmada num recurso de agravo interposto numa ação ordinária. No acórdão, os ministros afirmaram que não é admitida a arguição de nulidade da distribuição após o julgamento desfavorável da causa e que a matéria já está preclusa.
“Esta Suprema Corte não é competente para julgar, em sede originária, demandas instauradas contra decisões negativas do CNJ. Inexistência de arbitrariedade, abuso de poder ou ilegalidade manifesta na decisão do CNJ que não conheceu da revisão disciplinar proposta contra o julgamento que impôs, na Corte local, a demissão do agravante. Matéria enfrentada em writ anterior”, votou a relatora Rosa Weber.
“Enfrentadas as questões necessárias e suficientes ao deslinde da controvérsia afasta-se a tese de que não fundamentado o decisum (art. 489, do CPC/2015). Agravo regimental conhecido e não provido”, diz trecho do acórdão.
FOTO/ REPOST: WELINGTON SABINO – FOLHA MAX


JURÍDICO
CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri
A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.
O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.
Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.
As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.
Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.
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