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STJ agenda para agosto decisão sobre afastamento de Emanuel em Cuiabá

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A votação na Corte está empatada em 1 a 1, tendo sido paralisada após pedido
de vista do ministro Raul Araújo. O pedido foi feito pelo Ministério Público de
Mato Grosso (MP-MT) no âmbito da Operação Capistrum. Emanuel Pinheiro
chegou a tentar costurar um acordo com o órgão ministerial, mas teve o pedido
recusado pelos procuradores e promotores de Justiça.

Em março, a ministra Maria Thereza de Assis Moura votou pelo afastamento do
prefeito de Cuiabá, mas o julgamento foi interrompido por num pedido de vista
do ministro Raul Araújo. Em Mato Grosso, o pedido de afastamento partiu do
Ministério Estadual (MP-MT) no âmbito da Operação Capistrum e foi acolhido
pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em 19 de outubro de 2021.

No entanto, ele conseguiu retornar ao cargo e recorreu ao STJ para derrubar
de vez a decisão do Poder Judiciário mato-grossense. No STJ, o que está em
julgamento é um recurso que busca derrubar a liminar que suspendeu o
afastamento de Emanuel Pinheiro e permitiu que ele reassumisse o Palácio
Alencastro ainda em 2021.

Sob relatoria da ministra Maria Thereza, o recurso teve o julgamento adiado
várias vezes. Em sua decisão, a relatora argumentou que a jurisprudência do
STJ entende que o afastamento do cargo por si só não configura grave lesão
aos bens tutelados pela lei que rege a matéria e que o agente de cargo político
de cargo eletivo tem legitimidade ativa para formular pedido de suspensão para
a decisão que determina o seu afastamento.

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Por sua vez, o ministro Humberto Martins divergiu da relatora e votou negando
o provimento do recurso, ou seja, para manter a liminar que derrubou o
afastamento de Emanuel Pinheiro. Em seguida, o presidente da sessão,
ministro Mauro Campbell, questionou se algum dos ministros acompanharia a
divergência de Martins. Foi então que o ministro Raul Araújo lembrou que as
alegações são de 2018, que Emanuel Pinheiro foi reeleito em 2020, e
questionou se o pedido de afastamento, que é de 2021, teria validade.

A Operação Capistrum foi deflagrada em outubro de 2021 pelo Núcleo de
Ações de Competência Originária (Naco-Criminal). As diligências cumpriram
medidas cautelares de busca, apreensão e sequestro de bens em desfavor do
prefeito Emanuel Pinheiro, sua esposa Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, do
chefe de gabinete Antônio Monreal Neto, da secretária adjunta de governo e
assuntos estratégicos, Ivone de Souza, e do ex-coordenador de gestão de
pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro.

A ação acarretou nos afastamentos dos cargos de Emanuel Pinheiro, da
secretária adjunta Ivone de Souza, na prisão de Antônio Monreal Neto, além do
bloqueio de bens de até R$ 16 milhões de todos os envolvidos – incluindo da
primeira-dama e de Ricardo Aparecido Ribeiro. A suspeita é de que o prefeito
tenha “loteado” cargos na SMS para obter apoio político de vereadores, que
indicavam pessoas para assumir postos de trabalho na pasta.

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As investigações apontaram que os danos aos cofres públicos oriundos de
pagamentos suspeitos a servidores, e também trabalhadores que haviam
pedido dispensa do serviço público realizado na Pasta, causaram prejuízos de
R$ 16 milhões. Os valores são referentes a um benefício concedido aos
servidores denominado como “Prêmio Saúde” – uma verba que era repassada
cujos valores não possuem critérios objetivos. Em julho de 2022, a Prefeitura
de Cuiabá exonerou 721 servidores atendendo a uma ordem judicial de um
processo derivado da operação “Capistrum”.

 

FOLHA MAX

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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