MATO GROSSO
Suplente que assumirá vaga de Edna lamenta, “é entrar pela porta do fundo”
MATO GROSSO
O suplente de vereador pelo Partido dos Trabalhadores – PT Robinson Ciréia quebrou o silêncio e lamentou a possibilidade de assumir a cadeira da correligionária, vereadora Edna Sampaio caso ela perca o mandato que está sendo cassado pela Câmara dos Vereadores, nesta quarta-feira, 11.
“Estamos todos tristes com tudo isso e estamos com ela. Não torço para que ela perca o mandato, estamos ajudando ela enfrentar tudo isso. Pois entrar dessa forma, assumir o mandato que está sendo retirado a força de uma companheira é entrar pela porta do fundo”, lamentou.
Para o suplente, a forma com que a Câmara está tentando retirar o mandato da vereadora, nada mais é do que perseguição ao partido dos trabalhadores com vistas às eleições de 2024.
“Bastou dizermos que o PT teria candidatura própria à Prefeitura de Cuiabá para que, na semana seguinte, iniciassem a perseguição à Edna. Ela é uma liderança forte e será a mais votada na próxima eleição, e estamos certos de que faremos de três a mais vereadores com a força dela. Eles vendo isso, já estão tentando parar ela desde agora”, concluiu.
Edna Sampaio é acusada de apropriação indébita da verba de gabinete de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. A situação veio à tona, após a parlamentar demitir a então servidora que estava grávida.
Participam da comissão que investiga o fato que culminou no processo de cassação, os vereadores Kássio Coelho (Patriota), Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania) e Wilson Kero Kero (Podemos). Aprovado, a vereadora perde o mandato e pode ficar inelegível por oito anos. E Ciréia que obteve 927 votos assumirá oficialmente a vaga.
MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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