MATO GROSSO
TCE aponta falhas na acessibilidade e infraestrutura de escolas
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As condições estruturais de salas de aula, banheiros, quadras, bibliotecas e refeitórios de escolas da rede estadual e municipal estão sendo avaliados em fiscalização do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). O trabalho foi iniciado nesta segunda-feira (24) em Cuiabá e em outras 8 cidades de Mato Grosso e alcançará um total de 45 unidades escolares.
A fiscalização ordenada denominada Operação Educação está sendo realizada em todo o Brasil pelos Tribunais de Contas, desta segunda até quarta-feira (26). Na quinta-feira (27), será divulgado um relatório nacional, sob a coordenação do Instituto Rui Barbosa (IRB), do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).
O conselheiro Antonio Joaquim foi designado pelo presidente do TCE-MT, conselheiro José Carlos Novelli, para coordenar a ação. Ele participou junto com auditores da primeira hora da inspeção feita na escola estadual Maria Hermínia Alves, no bairro CPA IV, em Cuiabá.
Na ocasião, ele explicou que a fiscalização resultará em um amplo levantamento de dados, com conteúdo para embasar a elaboração de políticas públicas e nortear os investimentos no setor. Cada Tribunal de Contas também produzirá um relatório estadual com a amostra da fiscalização.
“Mobilizamos várias equipes para inspecionar estas escolas. O objetivo é identificar os problemas, mas também apontar soluções. A partir desse relatório vamos propor ao Governo do Estado e às Secretarias de Educação estadual e municipais um cronograma de ações para que as deficiências apontadas sejam resolvidas”, explicou enquanto vistoriava as salas de aula.
Presidente da Comissão Permanente de Educação e Cultura do TCE-MT, o conselheiro pontuou ainda que a definição das escolas escolhidas para a inspeção teve como base os indicadores de criticidade quanto à infraestrutura que constam no Censo Escolar de 2022. Só no caso da Escola Professora Maria Hermínia, a questão impacta na rotina de 982 estudantes.
Ao relacionar a infraestrutura à aprendizagem, a diretora da unidade, professora Martha da Silva Souza falou sobre o diagnóstico traçado. “De modo geral nossa realidade é boa, mas ainda é preciso melhorar em alguns pontos. A fiscalização mostra que precisamos melhorar no quesito acessibilidade, principalmente nas rampas e banheiros.”
Os auditores da Corte de Contas estão verificando 193 itens, como a situação dos refeitórios, bibliotecas, salas de aula, quadras esportivas e demais instalações prediais, além de questões ligadas à segurança e prevenção de incêndios e à higiene e limpeza dos estabelecimentos de ensino.
Problemas encontrados
A Operação Educação, que segue até quarta-feira, envolve centenas de servidores dos Tribunais de Contas de todo o Brasil. Na Escola Municipal Professora Erenice Simão Alvarenga, em Cáceres, por exemplo, os auditores do TCE-MT constataram que as crianças têm feito a merenda em sala de aula porque a unidade não tem refeitório.
Já na escola estadual Missionário Gunnar Vingren, em Várzea Grande, as salas de aula só podem ser acessadas por uma escada de 83 cm de largura e não há acessibilidade para pessoas com deficiência (PCD).
Além disso, na cantina, a instalação do botijão de gás não obedecia às normas de segurança, no pátio uma bacia com água parada concentra larvas de mosquito e havia muitos formigueiros.
Dentre as unidades fiscalizadas em Mato Grosso, nove estão em Cuiabá, seis em Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres e Sorriso, e três em Sinop, Lucas do Rio Verde, Rosário Oeste e Santo Antônio de Leverger. Hoje a ação chegou às escolas estaduais Ignácio Schevinski Filho, Nossa Senhora da Glória e Coronel Artur Borges.
Com relação às instituições municipais, foram fiscalizadas as escolas Professor Zeferino Leite De Oliveira, Professora Joana Dark Da Silva, Professora Marilce Benedita De Arruda, João Lopes Da Silva, Celso Antonio De Carvalho, Brincando e Aprendendo, Professora Erenice Simão Alvarenga, Jardim Bela Vista, Eça De Queirós e Cisne Azul.
Infraestrutura e ensino
Para além da grade curricular, as condições estruturais também são determinantes no processo de formação. Socialização, estímulo à criatividade, diversificação nas formas de aprendizado, desenvolvimento de habilidades, engajamento são alguns dos ganhos atribuídos a um ambiente adequado.
Os benefícios se estendem aos professores, funcionários e à toda comunidade escolar e garantem ainda a inclusão de pessoas com deficiência. Tomando como exemplo a Escola Professora Maria Hermínia Alves, dos quase mil alunos matriculados, 15 apresentam algum tipo de deficiência.
“Nós temos uma aluna e uma funcionária cadeirantes. Quando tem acessibilidade, ela faz mais coisas sozinha, sem depender de ajuda, e isso influencia no desenvolvimento”, afirma a diretora da escola.
A melhora na infraestrutura, em sua opinião, pode atrair mais estudantes. “Hoje não temos tantas crianças PCD, mas sentimos falta. Precisamos de uma rampa na entrada da escola e acessibilidade tátil. Apesar de não termos nenhum aluno cego, acredito que, com isso, poderíamos recebê-los”, pontua.
Relatório
A matriz de fiscalização utilizada pelos técnicos nas visitas contempla itens a serem vistoriados organizados nos seguintes grupos de informações: acessibilidade, estrutura e conservação da edificação, saneamento básico e energia elétrica, sistema de combate a incêndio, alimentação, esporte e recreação e espaços pedagógicos.
A iniciativa é uma parceria entre a Atricon e o TCE-SP, com apoio técnico do IRB e suporte institucional da Associação Brasileira de Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC).


MATO GROSSO
Kickboxing: a arte marcial que transforma vidas e agora projeta Mato Grosso no cenário nacional

Com técnica, disciplina e espetáculo, o kickboxing está conquistando cada vez mais espaço entre as artes marciais no Brasil. E agora é a vez de Mato Grosso se tornar protagonista nessa história. No dia 30 de agosto, Cuiabá sediará pela primeira vez um evento 100% profissional da modalidade: o MT Warriors Championship, com apoio do Governo do Estado.
A competição será realizada no Palácio das Artes Marciais Iusso Sinohara, ao lado da Arena Pantanal, com entrada gratuita e uma estrutura de padrão internacional. O evento reunirá 12 lutas profissionais, incluindo duas disputas de cinturão reconhecidas pelas principais entidades da modalidade no Brasil e no mundo: a CBKB PRO (Confederação Brasileira de Kickboxing Profissional) e a WAKO PRO (World Association of Kickboxing Organizations).
Mais do que um torneio, o MT Warriors representa um marco simbólico para o kickboxing em Mato Grosso. É o início de uma nova era para a modalidade no estado, que passa a integrar com força o cenário competitivo nacional. Os três atletas de melhor desempenho na noite conquistarão vaga direta no WGP, o maior campeonato de kickboxing da América Latina.
O que é o kickboxing?
O kickboxing é uma arte marcial moderna que combina técnicas do karatê, boxe, taekwondo, muay thai, resultando em um sistema de combate completo, dinâmico e altamente técnico. Nascido no Japão e nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970, o esporte rapidamente se difundiu pelo mundo, sendo hoje praticado em mais de 100 países.
Dentro do ringue, o kickboxing exige velocidade, precisão, equilíbrio, estratégia e resistência. Fora dele, oferece disciplina, autoconfiança, foco, respeito e domínio emocional — valores que fazem do esporte uma verdadeira escola de formação física e moral, especialmente para jovens.
“O kickboxing é muito mais do que uma luta. É uma ferramenta de transformação pessoal e social. Com ele, muitos jovens encontram propósito, autodisciplina e oportunidade de crescimento. Esse evento profissional é um divisor de águas para a modalidade em Mato Grosso”, afirma Mateus Wesley Nogueira Noya, presidente da Federação de Kickboxing do Estado de Mato Grosso (FKBEMT).
Esporte com apoio e reconhecimento
Com premiação recorde de R$ 50 mil, o MT Warriors Championship reforça o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento do esporte de alto rendimento em Mato Grosso. A competição será o maior evento da modalidade já realizado no estado, tanto em estrutura quanto em reconhecimento técnico.
Para o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, David Moura, o apoio do governo tem como objetivo democratizar o acesso ao esporte e dar visibilidade a talentos locais.
“Estamos investindo em estrutura, valorizando os atletas e fortalecendo diversas modalidades. O kickboxing está crescendo no Brasil e Mato Grosso agora faz parte desse movimento. O MT Warriors é o início de um novo ciclo, com mais oportunidades e visibilidade para nossos atletas.”
O evento também marca a reabertura do Palácio das Artes Marciais, que está sendo revitalizado pelo Governo do Estado. O espaço contará com ambiente climatizado, vestiários, arquibancadas, pórtico de entrada, paisagismo e iluminação moderna, reafirmando o compromisso com a qualidade e a segurança das práticas esportivas.
Mato Grosso no caminho da excelência
Além de atletas de Mato Grosso, o MT Warriors contará com competidores do Paraná, São Paulo, Rondônia e Campo Grande, fortalecendo o intercâmbio esportivo entre estados e posicionando Cuiabá como sede de grandes eventos de combate.
“Estamos saindo de um patamar amador para entrar de vez no cenário profissional. Esse evento mostra que é possível, com apoio institucional e dedicação, levar nossos atletas a outro nível”, conclui Mateus Noya.
A pesagem oficial dos atletas será realizada no dia anterior à competição, e a expectativa é de casa cheia, com mais de mil pessoas no Palácio das Artes.
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