Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

TCE-MT estimula ações sustentáveis em municípios do Vale do Rio Cuiabá para correta destinação de resíduos sólidos

Publicados

MATO GROSSO

Em ação coordenada, Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), órgãos governamentais, instituições competentes e municípios da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá definiram diretrizes a serem seguidas a fim de assegurar a adequada destinação de resíduos sólidos e o cumprimento do Novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020). A atuação em conjunto foi concretizada nesta quarta-feira (26), em reunião liderada pelo conselheiro Sérgio Ricardo.

Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade do TCE-MT, o conselheiro destacou, na oportunidade, que a Região Metropolitana foi criada por uma lei de sua autoria (Lei n° 359/2009) e que agora busca a união de esforços para o cumprimento da nova legislação. “Quando fui deputado propus a criação da Região Metropolitana, que agora se reúne para fazer valer a lei referente à destinação dos resíduos sólidos. Hoje definimos que o mesmo consórcio de desenvolvimento econômico que já existe, vai incorporar essa temática.”

O conselheiro também defendeu a atualização do plano estadual de gestão de resíduos sólidos, que está sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).

“A vida dos municípios, sob todos os aspectos administrativos, em benefício dos moradores e da gestão pública, é o nosso foco. Fazemos questão de ir pessoalmente nas localidades acompanhar de perto a execução dos trabalhos”, ressaltou Sérgio Ricardo, agradecendo a todos os prefeitos que fizeram questão de marcar presença na reunião.

Na ocasião, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva salientou que, individualmente, os municípios têm pouco volume de resíduos, o que dificulta a implantação de aterros sanitários. “Ao se reunirem, eles ganham escala e organização para dar a destinação adequada com menos custo. Por se tratar da Região Metropolitana, trouxemos o estado para a discussão, para que pudesse auxiliar no planejamento e na gestão da destinação.”

Leia Também:  Seduc reúne prefeitos em seminário para discutir repasses à Educação

De acordo com a secretária adjunta de Cidades da Sinfra, Rafaela Damiani, a Pasta tem rubrica orçamentária de apoio aos municípios. “Conseguimos auxiliá-los com a destinação de maquinário. Possibilidades existem e temos ação orçamentária para isso. Não existe levantamento, porque os municípios não nos pedem. Eles precisam nos demandar para que possamos nos planejar.”

Já o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, apresentou a experiência da Capital, que desativou seu lixão no ano passado, e destacou a importância de que os órgãos de fiscalização, Poder Executivo e demais instituições sentem à mesa para discutir estas políticas. “A vergonha de Cuiabá era aquele lixão a céu aberto, que é uma violência contra o meio ambiente e contra nossa cidade.”

A prefeita de Barão de Melgaço, Margareth Gonçalves da Silva, por sua vez, chamou a atenção para a falta de pessoal especializado para a implantação de políticas públicas, o que torna a atuação da Comissão do TCE-MT fundamental. “É muito importante quando o conselheiro fala do conhecimento, porque em Barão não temos técnicos para ajudar a alavancar o desenvolvimento do município, por isso pedimos encarecidamente esse suporte.”

Leia Também:  Sema-MT recebeu 825 animais silvestres para tratamento e soltura no último ano

Sua fala foi reforçada pelos representantes de Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio de Leverger, Acorizal, Chapada dos Guimarães, Nobres, Rosário Oeste, Jangada e Poconé. Também participaram da reunião representantes do Ministério Público de Contas (MPC), Executivo Estadual, Tribunal de Justiça (TJMT), Defensoria Pública (DPE-MT), Procuradoria Geral do Estado (PGE-MT), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Combate às desigualdades

Durante a reunião, Sérgio Ricardo reforçou que o debate ambiental está ligado ao fim das desigualdades regionais do estado. “Isso tudo passa pelo desenvolvimento sustentável de Mato Grosso, onde temos ilhas de prosperidade e riqueza e ilhas de miséria. Estamos fazendo o nosso papel de fiscalizar, mas também de orientar políticas públicas, porque entendemos que o estado só vai acabar com as suas desigualdades com gestão de qualidade”, pontuou.

Na segunda-feira (24), a Comissão assegurou parceria semelhante entre Alta Floresta, Carlinda, Paranaíta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes e Apiacás. “Hoje tratamos do ecossistema Pantanal porque esses municípios margeiam o Rio Cuiabá que deságua no Pantanal. Mas estamos fazendo reuniões setorizadas com várias regiões porque dentro de Mato Grosso temos um estado para cada bioma, o estado do Pantanal, do Cerrado e da Amazônia”, concluiu.

 

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
Flickr: clique aqui

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

Publicados

em

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

Leia Também:  Beauty Week: o Boticário entrega produtos em até 6 horas após compra como estratégia para a maior promoção do ano

“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA