MATO GROSSO
TCE-MT impulsiona crescimento de ouvidorias em Mato Grosso com aumento de 150% na adesão à Rede Nacional
MATO GROSSO
A atuação do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) pelo fortalecimento das ouvidorias no estado impulsionou a adesão à Rede Nacional de Ouvidorias, coordenada pela Controladoria Geral da União (CGU) em Mato Grosso. Segundo o superintendente regional da CGU no estado, Daniel Gontijo, o número de membros passou de 34 para 87 desde o início de programas como o “Ouvidoria para Todos” e o “Tricotando sobre Ouvidoria”, um aumento superior a 150%.
“A gente percebe uma evolução tanto na questão técnica das ouvidorias do estado, quanto no engajamento, prova disso é esse crescimento no número de membros da Rede, que demonstra que está evoluindo”, declarou o superintendente durante a abertura da 3ª edição do Tricotando sobre Ouvidoria de 2024, realizada nesta quinta-feira (17), com transmissão ao vivo pela TV Contas (canal 30.2) e pelo Canal do TCE no YouTube.
À frente dos trabalhos da Ouvidoria do TCE-MT, o conselheiro Antonio Joaquim reforçou a importância de se instalar e manter em pleno funcionamento uma ouvidoria. “Eu e toda a minha equipe reconhecemos que não é fácil dirigir uma ouvidoria, tem muitos gestores que não se envolvem ou dão a devida importância à implementação desses canais, o que é um equívoco. A ouvidoria é democracia direto na veia, não precisa de ninguém para intermediar, é o cidadão falando direto com as instituições. Ali ele faz esse contato crítico sobre a não efetividade das instituições com seus deveres. Por isso nosso empenho em expandir essa atividade para todos os municípios e instituições.”
Ouvidoria do SUS
Nesta edição, o tema central foi o funcionamento, atuação e objetivos da ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e, conforme a assessora técnica da Ouvidoria Estadual do SUS, Oneide Martins Ribeiro Romera, atualmente, 71 municípios de Mato Grosso não possuem ouvidoria na estrutura do Conselho Municipal de Saúde.
“Nós estamos passando por uma reformulação das leis dos conselhos nos municípios e temos esclarecido e estimulado os conselhos a implantar suas ouvidorias. Dessa forma, estaremos fortalecendo os conselhos e o SUS, dando voz à população, trazendo um canal de escuta ativa qualificada, onde aquela demanda não ficará apenas no papel, mas será encaminhada e servirá como indicador para melhoria das políticas públicas de saúde no município, no estado e no Brasil”, destacou.
A segunda palestra do evento ficou sob o comando do ouvidor e controlador interno da Prefeitura de Ipiranga do Norte, Jonathan Telles, que falou sobre a organização das ouvidorias em rede e reforçou a necessidade da articulação com ouvidorias de outros entes.
“É gratificante para nós vermos que há um movimento tão grande em torno das ouvidorias e a gente agradece ao Tribunal de Contas, em nome do conselheiro Antonio Joaquim, pois vemos a evolução acerca da temática e o TCE está acompanhando e apoiando os ouvidores municipais. Com essas iniciativas a gente só tende a ganhar, enquanto gestão pública e, principalmente, o nosso cliente, que é o usuário do serviço público”, concluiu.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
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MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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