MATO GROSSO
Terminal Turístico da Salgadeira deve ser administrado pelo Sesc a partir de 2024
MATO GROSSO
O Terminal Turístico da Salgadeira deve passar a ser administrado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), a partir de 1º de janeiro de 2024, após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Governo do Estado e o Ministério Público Estadual (MPE), nessa quinta-feira (28.09).
O Complexo da Salgadeira é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que em 2018, fez uma concorrência pública para a concessão do espaço e a vencedora foi a empresa LB Steak House Eireli, que assumiu a administração em 29 de junho de 2018.
A Sedec autuou a empresa ao longo dos anos por descumprimento de uma série de cláusulas contratuais, das quais se destacam a falta de acessibilidade e a inoperância de Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que culminaram, inclusive, nas diversas autuação por órgãos ambientais (Sema e ICMBio) e embargo da estação de tratamento, até decidir pela rescisão do contrato de forma unilateral em 21 de agosto de 2023.
A atual empresa vai continuar gerindo o Terminal Turístico da Salgadeira até 14 de janeiro de 2024. No período de 1º de janeiro até 14 janeiro, haverá período de transição para que não seja paralisada a prestação de serviço à população. O Sesc assume sozinho a Salgadeira, a partir de 15 de janeiro.
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, esta foi a melhor solução, pois a Salgadeira é um dos pontos turísticos e de lazer mais importantes de Mato Grosso, atendendo uma quantidade considerável da população da Baixada Cuiabana.
“Foi muito importante resolver este imbróglio e agora com o Sesc que tem expertise, é uma referência de bons serviços em todo o Brasil, nós conseguiremos entregar um serviço de qualidade para a população e os visitantes da Salgadeira. Trabalhamos todos de forma harmônica, tivemos um bom diálogo com o atual concessionário, que aceitou sair de forma pacífica, fazendo a transição”, enfatizou.

A promotora Ana Luiza Peterlini, da 15ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa do Meio Ambiente Natural da Capital, comentou que a população só tem a ganhar com a presença do Sesc na gestão do terminal turístico.
“Eu acho que essa construção é muito importante. Esse modelo de negócio que nós vamos construir aqui, de uma forma bem profissional. O Sesc preza pela qualidade, pela sustentabilidade e uma expertise que já fala por si só, pois já administra outros locais aqui no Mato Grosso. Quero agradecer a todos pelo empenho e tenho certeza que as obrigações que foram consensuadas serão cumpridas”, explicou.
O presidente do Sistema Fecomércio, José Wenceslau Júnior, comentou que o Sesc administra o Parque Serra Azul, em Nobres, e o Sesc Pantanal, a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do mundo com 126 mil hectares e agora, o Sesc Salgadeira.
“A população mato-grossense merece ter um turismo de qualidade no Sesc Salgadeira. É a porta de entrada de Chapada dos Guimarães, do Parque Nacional, e esse patrimônio merece ser conservado. Eu tenho certeza que vai ser mais um case de sucesso do Sesc aqui no estado de Mato Grosso”, pontuou.
Também participaram da assinatura o procurador-geral do Estado, Francisco Lopes; o secretário adjunto de Turismo, Felipe Wellaton; a secretária adjunta de Administração Sistêmica da Sedec, Andrea Andolpho; o secretário adjunto de Segurança Pública, coronel Héverton Mourett; secretário adjunto de Integração Operacional, coronel Claudio Fernando Carneiro Tinoco, além de assessores.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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