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UFMT reúne representantes políticos e da academia para articulação em prol do Centro Histórico de Cuiabá

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A Universidade Federal de Mato Grosso reuniu representantes da academia, sociedade civil, governo e famílias proprietárias de imóveis em uma articulação em prol do Centro Histórico de Cuiabá, para apresentar um Projeto de Lei, que prevê a criação de incentivos fiscais para estimular o comércio na região e também a ocupação sustentável e a revitalização do espaço.

De acordo com o reitor da UFMT, professor Evandro Soares, que presidiu o encontro, o objetivo era discutir o Centro Histórico em uma perspectiva humana, que apoiasse o desenvolvimento econômico, social e cultural.

“A sugestão para a reunião veio do professor Ernani Calhao e para isso convidamos um grupo diverso, incluindo pesquisadoras da UFMT que trabalharam já na criação de um plano de gestão do Centro Histórico, para discutir a questão de um ponto de vista estratégico, de curto, médio e longo prazo”, explicou Soares.

Ernani Calhao é presidente do Muxirum Cuiabano e afirmou que o problema do Centro Histórico da cidade não é diferente do que aconteceu em outras regiões do Brasil, começando pelo êxodo empresarial, seguido do abandono, da apropriação dos imóveis pela população de rua, a criminalidade e com isso toda sorte de problemas.

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“O que todo mundo fez depois da crise de Nova York foi a reinvenção dos espaços, focado na sustentabilidade econômica desses centros. O Plano de Gestão que foi desenvolvido pela UFMT já é um trabalho impecável, mas é necessário que os poderes articulem uma proposta que possa incentivar a retomada das atividades comerciais, ou o Centro vai continuar morto”, asseverou Ernani.

O Plano de Gestão do Centro Histórico é um projeto de pesquisa premiado, conduzido pela Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET), que engloba o desenvolvimento sustentável, inclusivo e econômico da região, sem desconsiderar seu valor como patrimônio histórico e a infraestrutura urbana.

“É importante a gente ter consciência de que o Centro Histórico de Cuiabá tem sua própria vocação e que é diferente de outros espaços, como no recife onde as suas são mais amplas. Precisa ter habitação, isso é claro, e precisa ter atividades econômicas que funcionem em períodos diferentes, nos finais de semana, que gerem menos trânsito”, explicou a professora Luciana Mascaro, uma das coordenadoras do projeto.

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FONTE/ REPOST: OLHAR CONCEITO 

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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