MATO GROSSO
Vereadores de Cuiabá aprovam Comissão de Transição na Saúde
MATO GROSSO
Comissão de Transição na Saúde foi aprovada na manhã desta quinta-feira (23), na Câmara Municipal de Cuiabá. A proposta é do vereador Luiz Fernando (Republicanos) e foi acolhida com 15 votos favoráveis. A escolha dos membros da equipe será realizada na próxima segunda-feira (27). Intervenção na saúde da Capital termina em 31 de dezembro, como determinou o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Para o parlamentar, a criação da comissão temporária é uma margem de segurança aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de que durante o processo de transição da gestão não haja desassistência médica à população.
“Não podemos permitir que os usuários da rede sejam prejudicados, eles já foram penalizados demais antes da intervenção, vamos lembrar que sob o comando do prefeito Emanuel Pinheiro e de seus inúmeros secretários, o que se inclui dois ex detentos, Huark Douglas e Célio Rodrigues, os pacientes padeciam com a falta de medicamentos, médicos, leitos, cirurgias, realização de exames e demais precariedades. Não podemos deixar o antigo cenário desolador se instalar novamente”, pontua.
Luiz Fernando lembrou que a intervenção termina em 31 de dezembro, como determinou o TJMT, e por isso a importância desse trabalho para garantir estabilidade na saúde do município.
“Não vamos aceitar uma condução paliativa e ineficaz, os colegas vereadores que prezam pela população precisam compreender que a Casa de Leis precisa ser protagonista das boas práticas na gestão pública. Precisamos trabalhar unidos em prol da população”, finalizou.


MATO GROSSO
Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.
Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.
Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.
“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.
Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.
De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.
“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.
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