MATO GROSSO
Volume de crédito liberado pelo Governo de MT a empreendedores do turismo cresceu 18,5% em 2023
MATO GROSSO
Setor passou a acessar mais recursos para investimentos no setor de restaurantes, cafeterias e bares, em 2023
O acesso ao crédito pelo setor do turismo em Mato Grosso aumentou em 18,5% em 2023 em relação a 2022, como aponta o Observatório do Turismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). No ano passado, foram liberados pela Desenvolve MT R$ 4.390 milhões em financiamentos a empreendedores e, no ano anterior, R$ 3.702 milhões.
O segmento de restaurantes, cafeterias, bares, churrascarias, sorveterias, pizzarias, entre outros do ramo de alimentação, foi o que mais obteve recursos, totalizando R$ 2,8 milhões, seguido de hotelaria (R$ 723,5 mil), transportadores turísticas (R$ 413,7 mil), organização de eventos (R$ 140,6 mil) e agências de turismo (R$ 103 mil).
Dentre os municípios, Cuiabá lidera em volume de recursos acessados, com R$ 2,4 milhões. Depois vem os empreendedores de Rondonópolis com R$ 459,2 mil; Carlinda com R$ 312,6 mil; Chapada dos Guimarães (R$ 248,3 mil) e Nova Mutum, com R$ 166,4 mil).
O turismólogo e analista da Secretaria Adjunta de Turismo, Leandro Lima, apontou que um dos diferenciais é que os empreendedores têm buscado empréstimos para fazer investimentos em seus empreendimentos do que buscar recursos para capital de giro.
“No ano passado, R$ 2,3 milhões dos R$ 4,3 milhões liberados foram para investimentos; R$ 1,8 milhões para capital de giro e restante para outras finalidades. Tanto em 2022 quanto em 2021, o maior volume foi para capital de giro das empresas”, avaliou.
Na série histórica, 2021 foi o ano que o Governo de Mato Grosso mais aportou recursos para socorrer os empresários no período pós-pandemia da Covid-19. O turismo foi um dos setores mais atingidos com as medidas de distanciamento social.
Em 2021 foram liberados R$ 13,3 milhões, sendo que R$ 7,3 milhões foram para capital de giro das empresas e outros R$ 4,1 milhão para aquisição de bens.
Conforme Leandro Lima, os financiamentos operacionalizados de 2018 a 2021 foram do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), que são recursos do Ministério do Turismo, tendo como agente financeiro a Desenvolve MT. A partir de 2022, a Desenvolve MT operacionalizou somente recursos próprios para o setor de turismo.
O secretário adjunto de Turismo, Felipe Wellaton, apontou que o aumento dos limites e condições para o pagamento de crédito e do prazo foram determinantes para aumentar a quantidade de recursos liberados ao setor.
Os financiamentos aumentaram de R$ 1 milhão para R$ 1,5 milhão e o prazo para o pagamento passa de 72 meses para até 120 meses, com carência de até 12 meses. Para o segmento do turismo, a carência é de até 24 meses.
“Ampliar o acesso ao crédito e facilitar o pagamento dos financiamentos alivia a situação financeira dos negócios, gera confiança para investir e estimula o desenvolvimento do turismo, com serviços e atrativos de qualidade”, pontuou o secretário adjunto.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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