MUNDO
Agências dos EUA e União Europeia certificam versão hospitalar de jato
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As agências de transporte responsáveis por regular o setor da aviação civil nos Estados Unidos e em toda a União Europeia atestaram a segurança operacional da versão aeromédica do jato leve mais vendido pela companhia brasileira Embraer.
Segundo a fabricante, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) emitiram o certificado de segurança do Phenom 300MED – modelo da série Phenom 300 – ao qual foram adaptados os equipamentos hospitalares de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O Certificado de Tipo Suplementar (do inglês, STC) é um dos documentos necessários para que um modelo de aeronave possa ser utilizado, tendo atendido normas de segurança e aeronavegabilidade.
Pacientes a bordo
De acordo com a Embraer, um dos testes a que o modelo foi submetido consistia em comprovar que, em caso de necessidade, dois pacientes totalmente incapacitados poderiam ser rapidamente retirados da aeronave, em segurança, conforme os pré-requisitos estabelecidos pelas autoridades norte-americanas e europeias. Ainda segundo a fabricante, por se tratar de um jato leve, o Phenom 300MED tem baixos custo operacional e uma boa autonomia.
Solução médica
“É uma satisfação anunciarmos a certificação do Phenom 300MED pela FAA e EASA”, anunciou, em nota, a vice-presidente Global de Suporte ao Cliente da Aviação Executiva e Pós-Venda da Embraer Serviços & Suporte, Marsha Woelber. “A versão aeromédica [do Phenom 300] agrega valor a um produto líder de mercado, combinando seus recursos exclusivos com uma solução médica abrangente”, acrescentou Marsha.
Projetado para ser convertido de um jato executivo em uma UTI móvel em menos de cinco horas, o Phenom 300MED pode operar com uma ou duas macas e é capaz de transportar uma incubadora e equipamentos médicos adicionais.
O certificado suplementar foi implementado pelo Centro de Serviços da Embraer em Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estados Unidos. A aeronave será operada pela Grandview Aviation, empresa de fretamento de voo.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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