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Argentina: Lula se encontra Mães e Avós da Praça de Maio 

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A intensa agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (23), em Buenos Aires, incluiu um encontro com as o grupo de mães e avós da Praça de Maio, coletivo de mulheres formado para cobrar a explicações do Estado argentino pelo assassinato e desaparecimento de milhares de jovens durante a ditadura no país vizinho. 

“As Mães e Avós da Praça de Maio são uma inspiração na defesa da democracia na América Latina. Emocionado com o nosso encontro de hoje”, escreveu Lula em postagem nas redes sociais. A viagem à Argentina é o primeiro giro internacional de Lula neste terceiro mandato. Ao longo dia, ele manteve um encontro bilateral com o presidente do país, Alberto Fernández, além de uma reunião com empresários argentinos e brasileiros. À noite, Lula, Fernández e outros líderes estrangeiros participaram de um concerto musical com artistas de ambos os países no Centro Cultural Kirchner.

A primeira-dama Janja Lula da Silva, que acompanha o presidente Lula na viagem, também fez uma postagem nas redes sociais destacando o encontro com as Mães e Avós da Praça de Maio. 

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“Em Buenos Aires, nos encontramos com as representantes das Mães e Avós da Praça de Maio, que tiveram seus filhos e netos assassinados ou desaparecidos durante a ditadura militar. Admiração por essas mulheres que lutam por dignidade e reparação de direitos”.

O movimento começou em abril de 1977, em plena ditadura militar na Argentina, quando 14 mulheres se reuniram na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo nacional, em Buenos Aires, para protestar por seus filhos desaparecidos, iniciando uma luta de dura mais de 45 anos por verdade, memória, justiça e pela vida. Ao longo desse período, as próprias mães foram alvo de perseguição e repressão de militares e, mesmo com o fim do período autoritário, lutaram por leis para estabelecer reparação e punição a envolvidos em crimes de lesa-humanidade. 

Estima-se que, na ditadura de 1976 e 1983, a mais dura e violenta da história da Argentina, mais de 30 mil pessoas foram mortas ou desapareceram pelas forças militares oficiais.  

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Nesta terça-feira (24), Lula participa, ainda na capital argentina, da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), grupo de 33 países do hemisfério. No dia seguinte, o presidente brasileiro faz uma visita ao Uruguai, onde se encontrará com o presidente Lacalle Pou. Em seguida, Lula retorna ao Brasil.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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