MUNDO
Assembleia Geral da ONU discute educação e sustentabilidade
MUNDO
Com foco em educação, desenvolvimento sustentável e respeito às minorias, ocorre até o próximo dia 27 a 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, o evento será inteiramente presencial.
A Assembleia Geral foi aberta ontem (12), quando assumiu o novo presidente do órgão, o húngaro Csaba Kőrösi. Com mandato de um ano, ele substitui no cargo o então presidente Abdulla Shahid, das Maldivas.
Com várias passagens pelo Ministério das Relações Exteriores de seu país, Kőrösi até recentemente era diretor de Sustentabilidade Ambiental no Gabinete do Presidente da Hungria. O diplomata também já atuou como vice-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas durante a 67ª sessão, em 2011-2012.
Educação
O grande destaque da programação será a Cúpula da Educação Transformadora, que ocorrerá entre sexta-feira (16) e a próxima segunda-feira (19). No encontro, líderes jovens discutirão diretamente com representantes de governos e de Estados, formuladores de políticas públicas, especialistas e organizações não governamentais as principais preocupações desta geração em relação ao futuro da educação.
As reuniões serão divididas em temas com conteúdos pensados para estimular o desenvolvimento de soluções nesta área. Durante a cúpula, o secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, entregará uma declaração com sugestões para transformar a educação.
Desenvolvimento sustentável
Outro evento importante será a Semana dos Objetivos Globais. Durante nove dias, de 16 a 25 de setembro, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e mais de 170 parceiros, entre representantes da sociedade civil, das empresas e da academia, discutirão medidas para acelerar ações que contribuam ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O programa inclui dezenas de palestras com criadores de conteúdo, influenciadores, ativistas e parceiros de mídia. Eles participarão de painéis de discussão que destacarão ações e soluções em apoio aos ODS.
Em 21 de setembro, será realizada uma reunião de alto nível para comemorar o 30º aniversário da Declaração sobre os Direitos das Pessoas Pertencentes a Minorias Nacionais ou Étnicas, Religiosas e Linguísticas. O documento foi assinado em 18 de dezembro de 1992, com os Estados-membros da ONU comprometendo-se a adotar ações para preservar direitos políticos, civis, econômicos e sociais de populações minoritárias.
Durante a reunião, será feito um balanço das limitações e das conquistas da declaração. Também serão compartilhados exemplos de melhores práticas, com a definição de prioridades para o futuro nessa área.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Internacional


GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
-
Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
-
Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
-
Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
-
Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
-
Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
-
Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
-
Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
-
Perda de mercado para concorrentes de outros países.
-
Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
-
Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
-
Carnes bovina, suína e de frango
-
Café
-
Suco de laranja
-
Soja e derivados
-
Minério de ferro e aço
-
Aeronaves e peças da Embraer
-
Cosméticos e produtos farmacêuticos
-
Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
-
MATO GROSSO6 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO3 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS3 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
GERAL6 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
ARTIGOS3 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama