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Centro Europeu quer reforçar medidas para controlar futuras pandemias

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O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) recomendou o reforço do controle de emergências sanitárias e pandemias, com medidas sociais e de saúde pública, para reduzir a propagação de doenças infecciosas.

De acordo com um relatório do ECDC publicado nesta quarta-feira (20), as recomendações referem-se a medidas não-farmacêuticas aplicadas em contextos comunitários na União Europeia (UE) e no Espaço Econômico Europeu (EEE).

As orientações, no âmbito de cinco áreas, visam incorporar as medidas sociais e de saúde pública nos cenários de governança da segurança pública, monitorar e avaliar a implementação das medidas, avaliar o impacto social e de saúde pública mais abrangent, criar confiança e assegurar uma comunicação efetiva através do envolvimento da comunidade e melhorar a coordenação multidisciplinar na tomada de decisões.

“Estas medidas constituíram a principal resposta de saúde pública durante as fases iniciais da pandemia de covid-19, especificamente antes das medidas médicas, incluindo as vacinas, estarem amplamente disponíveis”, recorda o documento intitulado Medidas sociais e de saúde pública para emergências de saúde e pandemias na UE/EEE: recomendações para reforçar a preparação do planejamento.

As medidas sociais e de saúde pública, desde a higienização pessoal até o fechamento das fronteiras, podem voltar a ser usadas para reduzir a transmissão de doenças e atenuar os impactos nocivos para a saúde, segundo o ECDC.

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“É provável que se volte a recorrer às medidas sociais e de saúde pública nas fases iniciais de futuras pandemias”, destaca o especialista principal do ECDC para a Preparação e Resposta a Emergências, Jonathan Suk, citado em comunicado.

“É vital que continuem a ser retiradas lições da pandemia de covid-19 e que estas sejam integradas nos planos de preparação para pandemia de forma a informar a tomada de decisões e a ação durante futuras emergências sanitárias e pandemias”, sustenta.

As recomendações divulgadas hoje baseiam-se nos resultados de duas consultas a peritos, em junho de 2022 e maio de 2023, e em vários exercícios de lições aprendidas e em documentação relevante do ECDC e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O público-alvo do documento abrange especialistas e representantes governamentais da área da saúde e instituições responsáveis pelo planejamento da preparação para pandemias e/ou pelo controle de doenças infecciosas.

“As potenciais trajetórias de risco pandêmico relacionadas com as doenças zoonóticas (como covid-19 e gripe) continuam a ser difíceis de mapear devido à ameaça persistente de novas variantes, a um vasto reservatório animal para a circulação e adaptação de potenciais agentes patogênicos, e também ao momento e gravidade imprevisíveis dos agentes patogênicos que surgem para provocar doenças nos seres humanos”, alerta.

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O ECDC, no entanto, recorda que ainda existem lacunas nas provas sobre a eficácia, o custo e o benefício das medidas sociais e de saúde pública, que devem ser abordadas, diante das consequências socioeconômicas significativas da sua utilização.

“Durante futuras epidemias e pandemias, pode haver um período de tempo antes da implementação ampla de contramedidas médicas, em que as medidas sociais e de saúde pública poderão ser novamente utilizadas para reduzir a transmissão de doenças e atenuar os impactos negativos na saúde”, sublinha.

O relatório conclui que a potencial implementação de medidas sociais e de saúde pública “requer uma análise cuidadosa — informada pelas lições aprendidas com a pandemia de covid-19 — e deve ser explicitamente abordada nos planos nacionais de preparação de pandemias”.

Fonte: EBC Internacional

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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