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China pousa na lua em missão não tripulada

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A China pousou uma espaçonave não tripulada no outro lado da lua neste domingo, superando um obstáculo chave em sua missão histórica para recolher as primeiras amostras do solo e de rochas do hemisfério lunar escuro.

O pouso eleva o status de potência espacial da China em uma corrida global à lua, na qual os países, incluindo os Estados Unidos, esperam explorar minerais lunares para sustentar missões de longo prazo de astronautas e bases lunares dentro da próxima década.

A nave Chang’e 6, equipada com uma série de ferramentas e seu próprio lançador, pousou em uma gigantesca cratera de impacto chamada South Pole-Aitken Basin, no lado da lua voltado ao espaço, às 6h23, horário de Pequim, segundo a Agência Espacial Nacional da China.

A missão “envolve várias inovações de engenharia, altos riscos e grande dificuldade”, disse a agência, em um comunicado no seu site. “As cargas transportadas pelo módulo de pouso Chang’e-6 funcionarão conforme planejado e realizarão missões de exploração científica.”

A missão bem-sucedida é a segunda da China ao outro lado da lua, uma região à qual nenhum outro país chegou. O lado da lua perpetuamente voltado para longe da Terra é pontilhado por crateras profundas e escuras, dificultando as comunicações e operações robóticas de pouso.

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Considerando esses desafios, especialistas lunares e espaciais envolvidos na missão Chang’e-6 descreveram a fase do pouso como o momento em que a chance de fracasso é maior.

“Pousar no outro lado da lua é muito difícil porque você não tem comunicação na linha de visão, está dependendo de muitos elos da cadeia para controlar o que está acontecendo ou tem que automatizar o que está acontecendo”, disse Neil Melville-Kenney, um técnico da Agência Europeia Espacial trabalhando com a China em uma das cargas do Chang’e-6.

“A automatização é muito difícil, especialmente em altas latitudes porque você tem sombras longas, que podem ser confusas para quem está pousando”, acrescentou Melville.

A sonda Chang’e-6 foi lançada em 3 de maio no foguete Long March 5, da China, do Centro de Lançamento de Satélite Wenchang, na ilha de Hainan, no sul, e chegou aos arredores da lua cerca de uma semana depois, antes de estreitar sua órbita em preparação para o pouso.

A Chang’e-6 marca o terceiro pouso lunar do mundo neste ano: o módulo de pouso Slim, do Japão, aterrissou em janeiro, antes do módulo de pouso da startup norte-americana Intuitive Machines, no mês seguinte.

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Os outros países que enviaram espaçonaves ao vizinho mais próximo da Terra foram a então União Soviética e a Índia. Os EUA são o único país que colocou humanos na lua, começando em 1969.

Amostras da lua

Usando uma colher e uma furadeira, o módulo de pouso Chang’e 6 buscará coletar 2 kgs de material lunar ao longo de dois dias e trazê-lo de volta à Terra.

As amostras serão transferidas para um foguete de propulsão em cima do módulo de pouso, que será lançado de volta ao espaço, acoplando-se em outra espaçonave na órbita lunar, e retornará, com a expectativa de que pouse na região da Mongólia Interior, na China, em 25 de junho.

Se tudo correr como planejado, a missão fornecerá à China um registro em perfeitas condições da história de 4,5 bilhões de anos da lua e produzirá novas dicas sobre a formação do sistema solar. Também permitirá uma comparação sem precedentes entre a região escura e inexplorada e o lado da lua mais bem compreendido que está voltado à Terra.

Fonte: EBC Internacional

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Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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